16 de junho de 2012

Planetas podem se formar em torno de estrelas diferentes



  Uma pesquisa da Universidade de Copenhagen, na Dinamarca, mostra que pequenos planetas, como a Terra, podem ser formados em torno de estrelas com teores de elementos bastante diferentes. A idéia contradiz uma teoria anterior de que os planetas geralmente se formam somente em torno de estrelas com alto teor de elementos pesados. Publicada na revista “Nature”, a pesquisa sugere que pode haver mais planetas semelhantes à Terra espalhados pelo universo. Isso porque entre a multidão de planetas já descobertos, é possível distinguir entre os gigantes gasosos como Júpiter e Saturno, e os menores planetas terrestres como a Terra e Marte. "Eu queria investigar se os planetas só se formam em torno de certos tipos de estrelas, e se existe uma correlação entre o tamanho dos planetas e o tipo de estrela-mãe que está em órbita", explica Lars Buchhave, astrofísico do Instituto Niels Bohr e da Universidade de Copenhagen, um dos autores do estudo. Buchhave desenvolveu um método para obter mais informações do espectro estelar. Ele e sua equipe analisaram a composição das estrelas de 226 exoplanetas para chegar a essa conclusão. "Até agora, nós constatamos que a maioria dos gigantes de gás estavam associados a estrelas com um elevado teor de elementos pesados. Para uma estrela ter um elevado teor de elementos pesados tem de ter passado por uma série de renascimentos.”, ele explica. Mas, segundo Buchhave, a maioria dos planetas são pequenos, ou seja, correspondentes aos planetas sólidos em nosso sistema solar ou tem até quatro vezes o raio da Terra. "O que nós descobrimos é que, ao contrário dos gigantes de gás, a ocorrência de planetas menores não é fortemente dependente de estrelas com um elevado teor de elementos pesados. Planetas que são até quatro vezes maiores do que a Terra podem se formar em torno de estrelas muito diferentes - também entre as que são mais pobres em elementos pesados.", disse Buchhave. Essas observações significam que planetas como a Terra poderiam ser difundidos ao longo de nossa galáxia.

Créditos: G1

M65 e M66


   Próximas e brilhantes, as galáxias espirais M65 (no topo) e a M66 se destacam de forma proeminente nessa bela imagem cósmica. As galáxias estão localizadas a 35 milhões de anos-luz de distância e têm por volta 100.000 anos-luz de diâmetro, algo em torno de metade do tamanho da Via Láctea. Enquanto que ambas exibem proeminentes linhas de poeira varrendo ao longo de seus largos braços espirais, a M66 em particular apresenta-se com belas e contrastantes tonalidades azuis e vermelhas, provenientes do brilho rosa do gás hidrogênio nas regiões de formação de estrelas e os jovens aglomerados estelares azuis. As galáxias M65 e M66 são responsáveis por dois terços da bem conhecida Trinca do Leão de galáxias com caudas de marés e pedaços dobrados que oferecem a evidência de que o grupo já passou por encontros bem próximos. A maior das galáxias, a M66 é o lar de quatro supernovas descobertas ali, desde 1973.


Créditos: APOD
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