6 de novembro de 2012

Marte na Visão de um Robô


   A foto que você vê aí em cima foi tirada em um final de tarde em Marte. Por astronautas? Que nada. O autor da foto que mostra uma larga cratera marciana de 22 quilômetros é um pequeno veículo explorador da Agência Espacial Norte-americana (NASA), mais conhecido como Opportunity – Oportunidade, em português. Equipados com vários instrumentos modernos de exploração do meio ambiente e movidos à luz solar, Opportunity e Spirit (Espírito, em nosso idioma), seu veículo geológico gêmeo, foram enviados para o planeta vermelho para procurar algumas respostas sobre a existência de água em Marte. Cada um dos veículos ficou responsável por um lado de Marte. Vale ressaltar que a foto registrada acima foi tirada em cores falsas para enfatizar as diferenças entre os diversos materiais, como as dunas negras no fundo da cratera, por exemplo. E, no momento, Opportunity está em um "modo de espera", devido ao inverno marciano. Assim que o mau tempo passar, o veículo vai se direcionar para uma região conhecida como Cabo da Tribulação, onde procurará por minerais argilosos (filosilicatos, no jargão científico). Se esses minerais forem encontrados, os cientistas poderão compreender melhor o papel que a água teve no passado geológico de Marte.

Créditos: Hypescience

5 de novembro de 2012

Tempestade em Saturno Criou o Maior Vórtice já Visto no Sistema Solar


   Não se engane pela aparência calma da superfície de Saturno. O planeta acaba de produzir a maior e mais quente tempestade que se tem notícia nos planetas do Sistema Solar. Quando duas tempestades quentes na camada móvel de nuvens de Saturno se fundiram, elas criaram um turbilhão de formato oval. A tempestade não pode ser vista pelo olho humano, mas foi detectada com a ajuda de ondas infravermelhas. Outro dado que intrigou os cientistas foi um pico de temperatura que liberou toneladas de energia, como um enorme “arroto” planetário. A tempestade chegou a impressionantes 65 ºC, muito mais quente que a temperatura média do planeta, que é de -185 ºC. Estes fenômenos estão relacionados à Grande Tempestade de Primavera que castigou as regiões ao norte de Saturno entre 2010 e 2011. Esta tormenta foi a maior já detectada desde 1903 e foi tão grande que circundou o planeta, até encontrar sua própria cauda. A tempestade foi tida como acabada, mas desde maio do ano passado, os cientistas estiveram de olho em duas outras tempestades nas nuvens de Saturno usando a sonda Cassini da NASA e alguns telescópios na Terra. Normalmente, tempestades assim esfriam depois de um mês, mas acabaram se unindo e produzindo um ciclone gigantesco, que por um breve momento foi maior e mais brilhante até que a Grande Mancha Vermelha de Júpiter, uma tempestade centenária que castiga a superfície do gigante gasoso vizinho de Saturno e se espalha por uma área tão grande que poderia engolir a Terra inteira. Um terceiro dado torna a tempestade ainda mais peculiar: ela liberou uma grande quantidade de etileno, um gás incolor e inodoro tão raro no planeta que os cientistas esperavam que ele contivesse uma quantidade 100 vezes menor deste gás. Ninguém sabe de onde ele veio. Agora, os astrônomos esperam que a tempestade perca força até desaparecer em 2013, apesar de que os pesquisadores ainda se perguntam se há mais surpresas escondidas no planeta.

Créditos: Jornal Ciência

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