17 de abril de 2012

O Universo Está Expandindo Como um Balão Gigante


   Todo mundo sabe que o universo está expandindo. É fato consumado que essa expansão está acelerando. Mas novas medidas de galáxias brilhantes e distantes feitas por cientistas da Universidade de Tóquio, no Japão, através de lentes gravitacionais, indicam que o universo está “crescendo” como um balão gigante. A primeira medida desse fenômeno, baseada em supernovas, foi feita na década de 1990, pelos pesquisadores laureados com o Prêmio Nobel de Física, em 2011. “Mas o método usado pelos laureados foi construído em cima de várias suposições, por isso se fazem necessárias checagens desses resultados, para dar mais robustez à conclusão”, explica Masamune Oguri, líder do grupo de pesquisa na Universidade de Tóquio. Segundo Oguri, a expansão cósmica acelerada é um dos problemas centrais da cosmologia moderna, e tais resultados também ajudarão na compreensão da energia escura, que, de acordo com os cientistas, é a principal responsável pela aceleração da expansão do universo. Mais informações precisas só serão informadas no periódico “Astronomical Journal”, onde os pesquisadores publicarão um artigo.

Créditos: Hypescience

A Nebulosa da Águia Fotografada do Kit Peak


   De longe a coisa toda se parece com uma águia. Já uma olhada mais detalhada na Nebulosa da Águia, mostra, a região brilhante que é na verdade uma janela no centro de uma concha maior e escura de poeira. Através dessa janela, aparece uma brilhante região onde um completo aglomerado aberto de estrelas está sendo formado. Nessa cavidade altos pilares e glóbulos arredondados de poeira escura e gás molecular frio permanecem onde as estrelas ainda estão se formando. Já visíveis na imagem acima estão algumas estrelas azuis brilhantes cujas luz e os ventos estão queimando material e empurrando de volta os filamentos remanescentes e as paredes de gás e poeira. A Nebulosa de Emissão da Águia, conhecida como M16, localiza-se a aproximadamente 6.500 anos-luz de distância se espalhando por 20 anos-luz e é visível com binóculos quando são apontados para a constelação da Serpent, a Serpente. Essa imagem combina emissões de três cores específicas e foi feita com o telescópio de 0.9 metros do Observatório de Kit Peak no Arizona, EUA.

Créditos: APOD

Pôr-do-Sol Ardente Sobre Cadiz, Espanha



   O fotógrafo que fez a imagem acima pode ser considerado uma pessoa de sorte realmente, pois consegue do quintal da sua casa acompanhar belas paisagens como o pôr-do-Sol mostrado acima. Sua casa fica em Cadiz na Espanha. Numa rara ocasião parece que as nuvens estão conspirando para colocar fogo nos céus. A passagem mais longa dos raios do Sol, quando o Astro Rei está perto ou abaixo do horizonte funciona como um dispersor das cores de comprimentos de onda mais curtos, como o azul e o violeta. Na ausência de nuvens ou de aerossóis suspensos na atmosfera, o pôr-do-Sol, ou o nascer do Sol não é tão marcante. Mas se um conjunto de nuvens intermediárias se posiciona na local certo para capturar o suspiro final do Sol, como foi nesse dia, o céu é pintado com tonalidades avermelhadas. A foto acima foi feita no dia 13 de Janeiro de 2012.


Créditos: EPOD

16 de abril de 2012

Seis Luas de Saturno


    Quantas luas tem o planeta Saturno? Até o momento 62 luas foram descobertas, sendo que a menor tem apenas uma fração de um quilômetro de diâmetro. Seis dos maiores satélites de Saturno podem ser vistos na imagem acima que é um belo retrato da família saturniana e que foi feito no dia 9 de Março de 2012 pelo brasileiro Rafael Defavari. Maior que a Lua da Terra e até mesmo um pouco maior que o planeta Mercúrio, Titã tem um diâmetro de 5.150 quilômetros e começa a fila de satélites no canto inferior esquerdo. Continuando para a direita através da imagem temo Mimas, Tétis, o próprio Saturno, Encélado, Dione e Réia, mais distante à direita.
    O primeiro satélite natural de Saturno descoberto foi Titã, que foi descoberto em 1655 pelo astrônomo Christiaan Huygens, enquanto que o satélite mais recente está sendo provisoriamente chamado de S/2009 S1 e foi descoberto pela equipe de imageamento da sonda Cassini em 2009. Lembram da oposição de Marte, aquela posição especial da órbita em que se tem uma visão mais clara do planeta por ele estar no lado oposto ao Sol, então hoje, quem está em oposição é o planeta Saturno. Se você tiver um telescópio e um céu limpo não deixe de apreciar uma bela visão desse maravilhoso objeto do Sistema Solar.

Créditos: APOD

15 de abril de 2012

A Cruz de Einstein e a Curvatura do Espaço-Tempo


   Quando se fala em miragem, quase sempre nos vem à mente aquelas paisagens do deserto ou das estradas, onde uma falsa imagem é criada pelo desvio da luz refletida na areia ou asfalto quente. No Universo essas miragens também acontecem, mas são provocadas por motivos bem diferentes. A imagem acima é um exemplo típico de um desses fenômenos, chamado de Cruz de Einstein. A cena, captada pelo telescópio espacial Hubble mostra uma distante galáxia envolta por quatro pontos centrais que parecem ser o seu núcleo. Parece, mas não é. O que se vê na imagem é na realidade a luz proveniente de um distante e poderoso objeto, que ao passar pelo intenso campo gravitacional da galáxia é dividida em quatro feixes, em um mecanismo conhecido como "lente gravitacional". Em 1915, Albert Einstein comprovou que a massa de um grande objeto pode criar uma curvatura no espaço-tempo ao seu redor, capaz até mesmo de curvar a trajetória de um raio de luz que passe pelas imediações. Dessa forma, um grupo de galáxias de grande massa também provoca uma forte curvatura no espaço-tempo, fazendo com que todos os raios luminosos que atravessem a região sejam curvados, formando uma verdadeira lente cósmica. Ao curvar a luz dos objetos, uma lente gravitacional permite enxergar outros elementos que estejam atrás das galáxias, criando uma ferramenta de grande utilidade no estudo do Universo. No caso da imagem mostrada, o objeto visualizado é um poderoso quasar escondido atrás do centro da galáxia, que não seria visível se não fosse a deformação do espaço-tempo criada pela colossal força da gravidade. Nem todas as imagens criadas pelas lentes gravitacionais são iguais e dependem da geometria dos elementos envolvidos na criação da lente. Se a lente é esférica, por exemplo, a imagem resultante se parecerá com um anel luminoso, chamado "anel de Einstein". Se for alongada a imagem irá parecer como a "Cruz de Einstein", dividida em quatro. Se a lente é formada por um aglomerado de galáxias teremos a formação de arcos ou "arclets" de luz, grosseiramente descritas como tendo a forma de uma banana. Atualmente, os cientistas já observaram mais de 500 lentes gravitacionais, mas para que sejam úteis precisam ser cuidadosamente estudadas para se conhecer exatamente como elas curvam os raios luminosos. Este estudo é altamente complexo e até o momento somente dez lentes desse tipo foram completamente compreendidas. A primeira vez que a curvatura do espaço-tempo foi observada na prática ocorreu durante o eclipse solar de 1919. Na ocasião, um grupo de astrônomos da Royal Astronomical Society de Londres veio até a cidade de Sobral, no Ceará, com o objetivo de medir o desvio da luz de uma estrela ao passar pela borda do disco solar. Segundo Einstein, a luz da estrela deveria ser desviada em 1,75 segundos de arco, duas vezes maior que o previsto pela teoria de Newton. No dia do eclipse, em 29 de maio, os cientistas fizeram sete boas imagens do fenômeno e em novembro do mesmo ano a Royal Astronomical Society anunciou que os resultados obtidos confirmavam o desvio da luz e a teoria de Albert Einstein.


                                                                                                                                 Créditos: Apolo 11

7 de abril de 2012

Galáxias Anãs Estão Desaparecendo


   Atualmente, 26 pequenas galáxias orbitam a Via Láctea. Pode parecer um grupo impressionante de leais seguidoras, mas os astrofísicos acreditam que nossa galáxia deveria ter um exército. Essa expectativa é construída sobre o modelo predominantemente aceito de como a matéria escura ajuda a formar galáxias. Embora a composição dela seja desconhecida, cientistas especulam que a matéria escura deva pesar cinco vezes mais que a matéria comum. Em simulações do início do universo, a força gravitacional de grupos frios de matéria escura teria levado os gases comuns do espaço a formar os primeiros componentes necessários para dar forma a uma galáxia. A teoria funciona bem em grande escala, reproduzindo o padrão das galáxias e dos vácuos observados através do cosmos. Em escalas menores, contudo, as simulações mostram que ao redor de cada grande galáxia em espiral, grupos de matéria escura deveriam modelar milhares de galáxias anãs. Porque a Via Láctea só tem 26? Uma explicação plausível para essa discrepância seria a matéria escura não ser fria nem pesada, mas um gás quente de partículas leves. Ou talvez a matéria escura nem exista. Se a força da gravidade mudasse, isso faria muito do que a matéria escura faz, mas sem demandar tantas galáxias anãs. Uma idéia menos radical seria que os aglomerados de matéria escura realmente existem, mas que não podem ser vistos. Porém, essa teoria é complicada de checar com simulações, como afirma o astrofísico James Binney, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, já que tais checagens dependeriam da densidade local do gás, por exemplo. “Existem estruturas que estão além da checagem por qualquer experimento ou simulação”, explica o britânico. Se a idéia estiver correta, tem uma implicação surpreendente: milhares de galáxias escuras estão em torno da Via Láctea; portanto, não são exatamente uma legião perdida, apenas invisível a nossos olhos.


Créditos: Hypescience

Nova Foto Astronômica Captura um Bilhão de Estrelas


   Um pedaço da Via Láctea que abriga mais de um bilhão de estrelas pode ser visto em uma única figura, que é resultado de um conjunto de imagens registradas por telescópios em ambos os hemisférios. Pela primeira vez, uma parcela tão ampla do espaço é capturada em detalhes. O trabalho coordenado por cientistas da Universidade de Edimburgo (Escócia) é um projeto desenvolvido há dez anos, que compilou registros de telescópios infravermelhos no Chile, no Havaí, no Reino Unido e na Europa continental. Juntas, as imagens fornecem um panorama da Via Láctea no qual é possível identificar grandes estruturas, tais como nuvens de gás e poeira, de onde as estrelas se originam e são extintas. Os astrônomos explicam que esta perspectiva mais abrangente de nossa galáxia será útil para estudos futuros do espaço.


Créditos: Hypescience

6 de abril de 2012

M46 e M47


   
Muitas estrelas se formam nos aglomerados. Aglomerados galácticos ou aglomerados abertos de estrelas são conjuntos relativamente novos de estrelas brilhantes que nascem juntas perto do plano da nossa galáxia, a Via Láctea. Separados por somente um grau no céu, dois belos exemplos desses aglomerados de estrelas são o M46, na parte superior esquerda a 5.400 anos-luz de distância e o M47 na parte inferior direita a somente 1.600 anos-luz de distância na constelação náutica de Puppis.
Com aproximadamente 300 milhões de anos de vida, o M46 contém algumas centenas de estrelas numa região de aproximadamente 30 anos-luz de diâmetro. Com a idade de 80 milhões de anos, o M47 é menor, mas um aglomerado mais solto com aproximadamente 50 estrelas que se espalham por 10 anos-luz. Mas esse retrato da juventude estelar contém um antigo interlocutor. A pequena e colorida região de gás brilhante no M46 é na verdade a nebulosa planetária NGC 2438, ou seja, a fase final na vida de uma estrela como o Sol com bilhões de anos de vida. A NGC 2438 está localizada a uma distância estimada de 3.000 anos-luz e provavelmente representa um objeto de primeiro plano, que por uma coincidência aparece na mesma linha de visada do jovem M46.

Créditos: APOD

Que Diferença um Dia Faz no Movimento da Lua


   No final do mês de Março de 2012 pudemos acompanhar o movimento da Lua nos céus passando pelos brilhantes planetas Vênus e Júpiter, aproximações e conjunções essas que chamaram muita atenção do público. Muita gente se perguntava, o que é aquele ponto brilhante ao lado da Lua, sim, é o planeta Vênus. Andrew Symes do Canadá registrou duas fotos da Lua com o intervalo de um dia, então as combinou em uma única imagem, mostrada acima, que mostra o movimento da Lua, com a posição da Lua na foto de 25 Março de 2012 mostrada abaixo e a direita, e a posição da Lua na foto do dia 26 de Março de 2012 acima e a esquerda. Essas imagens mostram a Lua em relação aos dois brilhantes planetas, Vênus acima e Júpiter abaixo. Muitas pessoas que viram o espetáculo nos céus ficaram surpresas de como a Lua se movimenta de uma noite para a outra. Mas isso é fácil de ver, pelo menos matematicamente falando, pois a Lua cobre 360˚ em 30 dias, o que dá 12˚ por dia. O que acontece é que normalmente não temos nada no céu tão evidente como os planetas Vênus e Júpiter para poder comparar o movimento do nosso satélite natural de forma tão óbvia.

Créditos: LPOD

Centaurus A


   Qual é a galáxia ativa mais próxima da Terra? Essa seria a Centaurus A, que está localizada a uma distância de 11 milhões de anos-luz da Terra. Se espalhando por mais de 60.000 mil anos-luz, essa peculiar galáxia elíptica é também conhecida como NGC 5128. Forjada numa colisão de duas outras galáxias normais, a fantástica mistura de jovens aglomerados de estrelas azuis da Centaurus A com as regiões rosadas de formação de estrelas e das fantásticas linhas escuras de poeira podem ser vistas em detalhe nessa impressionante imagem. O retrato colorido da galáxia que é reproduzido acima foi registrado sob o claro céu chileno no Observatório Inter-Americano de Cerro Tololo. Perto do centro da galáxia, detritos cósmicos estão sendo consumidos constantemente por um buraco negro central com uma massa equivalente a um bilhão de massas do Sol. Como em outras galáxias ativas, esse processo gera radiações em ondas de rádio, raios-X, e raios gamma e com a Centaurus A isso não é diferente.

Créditos: APOD

5 de abril de 2012

Halo Lunar, Órion e Grossglockner


   A foto acima mostra uma bela composição de paisagem celeste e terrestre. Na imagem é possível ver um belo halo de 22 graus ao redor de uma Lua Minguante, a constelação de Órion e a paisagem de meio de inverno no Vale Fusch na parte central oeste da Áustria. Na parte inferior central em segundo plano está o Grossglockner, a montanha mais alta da Áustria com 3.798 metros. Fusch an der Grosslocknerstrasse é a cidade localizada no final do vale. Halos lunares como esse se formam em nuvens do tipo cirros compostas de cristais de gelo hexagonais e aleatoriamente orientados. A luz da Lua passa através da face lateral desses cristais e é refratada com um ângulo de 22 graus e então sai por uma face também lateral só que oposta à que a luz entrou. Pode-se notar que a faixa mais interna do halo aparece avermelhada, isso acontece pelo fato da luz vermelha ser menos desviada do que as outras cores visíveis da luz.

Créditos: EPOD

Veios Minerais


   
As feições lineares brilhantes nas imagens aqui reproduzidas cortam o embasamento na região dessa cratera em Marte e parecem com veios mineralizados. Veios mineralizados são corpos minerais em forma de lençóis formados pela água que fluiu através das fraturas. A região mostrada nessa imagem é a parte central soerguida de uma grande cratera de impacto, com aproximadamente 50 km de diâmetro, onde o embasamento profundo, foi levantado cerca de 5 km e então fraturado. O calor proveniente do gelo derretido pelo impacto na crosta de Marte criou o sistema hidrotermal. Essa poderia ter sido no passado uma zona habitável do Planeta Vermelho.

Créditos: HiRISE

3 de abril de 2012

Lua e Vênus sobre Sierra de Guadarrama


   787 O que aparece logo acima da silhueta da cadeia de montanha vista na imagem acima? A Lua. Especificamente, a Lua da Terra foi registrada um pouco acima do horizonte na sua fase crescente bem jovem. A Lua que nos é familiar pode nessa foto parecer um pouco estranha, isso se deve ao fato da exposição dada na foto mostrar de forma significante o brilho da Terra, ou seja, a iluminação da parte noturna da Lua devido à luz do Sol refletida pela Terra. À direita e bem brilhante podemos ver também o planeta Vênus. Vênus e Júpiter passaram bem próximos um do outro durante o final do mês de Fevereiro e o mês de Março, numa bela conjunção planetária. Essa semana, mas especificamente no dia 26 de Março de 2012, eles receberam a companhia bem próxima também da jovem Lua crescente. A imagem acima, em particular foi feita em Madrid, na Espanha. A silhueta do horizonte em segundo plano inclui alguns dos Sete Picos da cadeia de montanhas Sierra de Guadarrama. Poucos minutos depois dessa foto ter sido feita, a Lua se pôs.

Créditos: APOD
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