17 de janeiro de 2012

Agência Russa Começa a Contagem para a Colisão da Phobos-Grunt com a Terra


   "A Roscosmos, agência espacial russa, começou a contagem regressiva para a queda da estação interplanetária Phobos-Grunt, na Terra. Não conseguiu atingir a sua órbita com destino a uma das luas de Marte. "Segundo os dados que temos e os prognósticos dos especialistas, o prazo de queda da nave oscila entre 10 e 21 de janeiro", informou a Roscosmos em comunicado. Quanto ao local da colisão da sonda, que está à deriva em torno da Terra desde 8 de novembro. Não é possível saber onde exatamente cairão os destroços da espaçonave - a grande faixa "sob risco" inclui a maior parte do planeta, vai desde Londres até o sul da Argentina e inclui o Brasil. A sonda de US$ 165 milhões, que deveria recolher poeira de Fobos, uma lua de Marte, teve um problema após o lançamento, em novembro, e virou lixo espacial na órbita terrestre.

Estrelas de Órion Iluminando a Noite no Deserto


   A imagem acima mostra, bem no centro a constelação de Órion, com suas três estrelas que constituem o cinturão do guerreiro apontando claramente em direção à estrela Sirius, a estrela mais brilhante do céu noturno, e também para a apagada Via Láctea que brilha no céu de inverno quase que verticalmente à esquerda de Órion. Mesmo numa noite com alguma luz da Lua, as estrelas sobre o Deserto Anza-Borrego brilham de maneira intensa ilustrando porque a International Dark Sky Association designou Borrego Springs como a primeira e única International Dark Sky Comunity da Califórnia. A imagem acima foi feita no dia 31 de Janeiro de 2009, às 20:08, hora local, com uma câmera Canon EOS 20D, uma lente de 14 mm em f/2.8 e ISO 800. O tempo de exposição foi de 30 segundos em f/2.8. A imagem depois de adquirida foi processada por softwares especiais de processamento de imagens. A imagem foi feita no Cânion Coachwhip no Deserto Anza-Borrego em Borrego Springs na Califórnia, EUA.

Encontrada a Cor Exata da Via Láctea


   Astrônomos conseguiram determinar a cor exata da nossa Via Láctea. Eles queriam descobrir como é nossa galáxia vista de fora – uma tarefa difícil, já que a Terra está dentro dela. Fazendo uma comparação com tipos de estrelas de outras galáxias, pesquisadores descobriram algo um tanto quanto surpreendente – nossa galáxia é branca. Mas não é qualquer tipo de branco: mais especificamente, é a cor da neve da primavera uma hora após o nascer do Sol ou antes do anoitecer. Mas para que, afinal, os astrônomos se interessam pela cor das galáxias? Por que isso nos diz, basicamente, a idade das estrelas de uma galáxia e nos dá dados sobre a formação dela. No projeto, pesquisadores usaram o Sloan Digital Sky Survey (SDSS), que conta com informações sobre cerca de um milhão de galáxias. Eles compararam dados já conhecidos da massa total da Via Láctea e da taxa de formação de estrelas com as informações de outras galáxias. A “temperatura de cor” da nossa galáxia é algo entre uma lâmpada incandescente e a luz do Sol do meio-dia – ambas brancas, mas sutilmente diferentes. E o que essa cor nos diz sobre o desenvolvimento da Via Láctea? De acordo com os pesquisadores, com a base na cor encontrada, a taxa de formação de estrelas tem diminuído ao longo do tempo.

16 de janeiro de 2012

ISS Executa Manobra Evasiva


  A estação espacial internacional levou a cabo com sucesso uma manobra evasiva para se afastar de um fragmento do satélite de comunicações Iridium-33. Os serviços balísticos do Centro de Controle de Korolev, Moscou, informaram que a manobra teve lugar às 1610UTC e que os motores do módulo Zvezda foram acionados por 54 segundos com uma taxa de incremento de velocidade de 0,85 m/s. Em resultado, a altitude orbital média da ISS aumentou em 1,5 km para os 391,4 km. Anteriormente estava prevista uma correção de altitude para o dia 18 de Janeiro devido ao atrito com a atmosfera terrestre e consequente perda de altitude. Com a manobra de hoje, a manobra do dia 18 deixa de ser necessária.

China Lança Satélite Meteorológico no Segundo Lançamento de 2012


   Com um segundo lançamento orbital em menos de uma semana, a China colocou em órbita o satélite meteorológico geostacionário, FY-2F FengYun-2F (também designado FengYun-2-07). O lançamento teve lugar às 0056:04UTC, do dia 13 de Janeiro de 2012 e foi levado a cabo pelo foguetão CZ-3A Chang Zheng-3A (Y22), a partir da Plataforma de Lançamento LC3 do Centro de Lançamento de Satélites de Xichang, província de Sichuan. Os satélites FengYun-2 são desenvolvidos pela Academia de Tecnologia de Vôo Espacial de Xangai e pela Academia de Tecnologia Espacial da China. De forma geral, estes satélites são estabilizados por rotação em torno do seu eixo longitudinal, tendo uma forma cilíndrica com uma massa total de 1.369 kg no lançamento e 536 kg em órbita.

Nave Espacial Européia Será Testada em Janeiro


   Menos de três anos depois de dar o sinal verde para a construção de sua primeira nave espacial retornável, a agência espacial européia (ESA) agendou o primeiro teste de seu protótipo. O IXV (Intermediate eXperimental Vehicle, ou Veículo Experimental Intermediário) fará seu primeiro teste de reentrada na atmosfera em Janeiro, em preparação para sua entrada em operação em 2014. Lançado a partir do Espaçoporto Europeu, na Guiana Francesa, a bordo de um foguete Vega, a nave experimental atingirá uma órbita de 450 quilômetros de altitude, mais alta do que a órbita padrão da Estação Espacial Internacional. Isto permitirá que a nave atinja uma velocidade de 7,5 km/s durante a reentrada na atmosfera, atingindo as marcas hipersônicas e supersônicas necessárias para testar tecnologias inéditas, nunca antes usadas em veículos espaciais. Ao contrário dos ônibus espaciais, a IXV fará uma reentrada totalmente autônoma, com seu vôo sendo o tempo todo controlado por motores e flaps aerodinâmicos. Esses flaps espaciais foram testados com sucesso em laboratório no último mês de Julho. Depois de já totalmente na atmosfera, a nave será trazida ao solo por pára-quedas, completando um teste extremamente realístico - o lançamento equivalerá a uma missão real completa da nave, quando em operação definitiva. Se tudo der certo, começará a fase final de montagem da primeira IXV real, que deverá fazer seu vôo de estréia entre Janeiro e Setembro de 2014. A ESA também já iniciou a construção do centro comando da missão IXV em terra, incluindo o prédio de controle da missão, os sistemas de telemetria e rastreamento, as antenas móveis e a rede de comunicações. O teste também valerá para a validação final do foguete Vega, que ainda não está em operação comercial. O Vega pode levar ao espaço cargas de até 2.500 kg, dependendo do tipo e da altitude da órbita - a referência é uma carga de 1.500 kg a uma altitude de 700 quilômetros. A nave IXV pesa 1.800 kg, e terá versões para carga e para tripulantes.

Retrato em Infravermelho da Grande Nuvem de Magalhães


   Nuvens de poeira cósmica varrem essa imagem em infravermelho da galáxia satélite da Via Láctea, a Grande Nuvem de Magalhães. De fato, a impressionante imagem acima é uma composição de dados adquiridos pelo Observatório Espacial Herschel e pelo Telescópio Espacial Spitzer e mostram nuvens de poeira preenchendo essa nossa galáxia anã vizinha, de forma bem parecida com a poeira que preenche o plano da própria Via Láctea. As temperaturas registradas na poeira tendem a traçar uma atividade de formação de estrelas. Os dados obtidos pelo Spitzer são mostrados em azul na imagem acima e indicam a poeira aquecida pelas estrelas jovens. Os instrumentos do Herschel contribuíram com dados para compor a imagem acima e suas observações são mostradas em vermelho e verde, revelando emissões provenientes de regiões mais frias e intermediárias onde a formação de estrelas está apenas começando ou já parou. Dominada pela emissão de energia emitida pela poeira a aparência da Grande Nuvem de Magalhães em infravermelho é diferente da imagem que temos da mesma galáxia anã só que em imagens ópticas. Embora as imagens sejam bem diferentes, a bem conhecida Nebulosa da Tarântula, pertencente a essa galáxia ainda se destaca e pode ser facilmente observada na imagem em infravermelho como sendo a região mais brilhante à esquerda do centro da imagem. Localizada a apenas 160.000 anos-luz de distância, a Grande Nuvem de Magalhães tem aproximadamente 30.000 anos-luz de diâmetro.

Sobrevôo Próximo de Dione


   Ao passar voando pela lua de Saturno, Dione, a sonda Cassini registrou essa imagem acima, que inclui ainda duas luas menores, Epimeteu e Prometeu, que aparecem perto do sistema de anéis do planeta. A imagem foi feita na luz visível usando a câmera de ângulo restrito da Cassini durante o sobrevôo por Dione ocorrido em 12 de Dezembro de 2011. Esse sobrevôo foi a vez em que a Cassini passou mais perto da superfície de Dione, porém como o objetivo principal não era a realização de imagens e sim utilizar outros instrumentos da sonda, as imagens obtidas não são as melhores já conseguidas. Dione com 1.123 quilômetros de diâmetro é a lua mais perto da Cassini na imagem, à esquerda. A lua Prometeu em forma de batata tem 86 quilômetros de diâmetro e aparece acima dos anéis perto do centro da imagem, já Epimeteu com 113 quilômetros de diâmetro aparece à direita. Essa imagem foi obtida com a sonda apontada para o norte, para o lado iluminado dos anéis a menos de um grau acima do plano dos anéis. A imagem foi adquirida a uma distância de aproximadamente 108.000 quilômetros de Dione. A escala da imagem é de 647 metros por pixel em Dione.

12 de janeiro de 2012

NGC 2736: A Nebulosa do Lápis


   A imagem acima mostra a nebulosa NGC 2736, também conhecida como a Nebulosa do Lápis. A câmera usada para a tomada foi uma Canon EOS 350D modificada e refrigerada com um filtro CLS-CCD. A foto acima foi feita por Omar Mangini, de Buenos Aires, na Argentina em 15 de Março de 2011, e o tempo de exposição completo foi de 6 horas e 10 minutos.

11 de janeiro de 2012

Primeiro Lançamento Orbital de 2012


   Com um calendário de lançamentos que mostra mais de 20 lançamentos previstos para 2012, a China levou a cabo o primeiro lançamento orbital do corrente ano às 0317UTC do dia 9 de Janeiro colocando em órbita o satélite de observação da Terra ZY-3 ZiYuan-3. O lançamento foi levado a cabo por um foguetão Chang Zheng-4B a partir da Plataforma de Lançamento LC9 do Centro de Lançamento de Satélites de Taiyuan, província de Shanxi. O ZiYuan-3 é o primeiro de uma nova série de satélite civis de detecção remota de alta-resolução. O novo satélite transporta câmeras pancromáticas de alta-resolução e um sistema de observação infravermelhos multiespectral, com as câmeras a estarem posicionadas na parte frontal, inferior e posterior do satélite. O ZiYuan-3 orbita a Terra a uma altitude média de 500 km e com uma inclinação de 97,48º. O satélite tem uma massa de 2.630 kg. Juntamente com o ZiYuan-3 foi lançado o pequeno satélite luxemburguês VesselSat-2 com uma massa de 28 kg. O Vesselsat-2 foi construído pela LuxSpace SARL, uma filial da OHB AG e será integrado na constelação Next Generation (OG2) da ORBCOMM. A órbita específica dos satélites Vesselsat irá permitir uma monitorização e vigência dos navios nas regiões equatoriais com uma frequência de visita muito maior do que com plataformas em órbita polar.

SDO Mostra Região Ativa no Sol 5 Vezes Maior Que a Terra



   Nesse primeiro fim de semana de 2012, a mancha solar AR1393, que na verdade é um conjunto triplo de manchas, passeou por uma região ativa no Sol que tem mais de 5 vezes a largura da Terra. O satélite da NASA, SDO (Solar Dymanics Observatory) registrou a atividade por dois dias. Apesar do crescimento rápido da mancha solar, a atividade no Sol permanece baixa. Como todas as outras regiões ativas no disco do Sol, a AR1393 tem um simples e estável campo magnético que possui pouca ameaça para gerar fortes erupções. Os cientistas do NOAA que trabalham na previsão desse tipo de evento dizem que a chance para a geração de uma labareda da classe X nas próximas 24 horas é de não mais que 1%.
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