21 de março de 2013

Robô Curiosity encontrou uma pedra brilhante bastante curiosa em Marte


   O robô Curiosity da NASA, que está em missão no Planeta Vermelho, continua revelando segredos sobre a superfície marciana. Desta vez, foi encontrada uma pedra na cor branca, bastante brilhante, apelidada de "Tintina". A rocha indica a presença de minerais hidratados, do tipo que vemos na Terra, indicando a presença de água na região. A pedra foi apresentada durante a 44ª Conferência de Ciência Lunar e Planetária, em Woodlands, Texas. Durante o evento, foi noticiado que outra falha ocorreu no robô Curiosity e obrigou o veículo a ficar em uma pausa prolongada e inesperada. Curiosity entrou no "modo de segurança" automaticamente no começo da madrugada de domingo (horário de Brasília), enquanto operava com um dos seus dois computadores principais. Ele usa memória flash, o que economiza espaço, mas que também é vulnerável à radiação do espaço. Mas segundo a NASA, o modo de segurança foi ativado quando um arquivo de comando falhou durante uma verificação do software de proteção ao robô. "Nós podemos apenas apagar o arquivo, que não precisamos mais, e nós sabemos como evitar que isso ocorra no futuro” disse Richard Cook gerente de projetos do Curiosity. 
    No entanto, a partir do dia 04 de abril, a NASA irá parar de enviar e receber mensagens do Curiosity, durante quatro semanas, porque a Terra e Marte estarão em posições opostas em torno do Sol, bloqueando quaisquer sinais. Enquanto isso, a descoberta da pedra Tintina move outras pesquisas, assim como o anúncio da semana passada, onde Curiosity encontrou minerais de argila em uma rocha perfurada. A presença de argila indica que o Ph da água é neutro, o que mostra que ela estaria própria para o consumo. “Tintina é o mais branco e mais brilhante objeto encontrado até agora em Marte” disse Melissa Rice do Instituto de Tecnologia da Califórnia, revelando que o solo de Marte não é tão monocromático como se pensava. A descoberta de Tintina foi no dia 17 de janeiro, ao passar as rodas do robô sobre a pedra.

Fonte: Jornal Ciência

O fim do mundo marciano pode ocorrer em outubro de 2014


    O Cometa C/2013 A1 foi detectado pela primeira vez em 3 de janeiro, o primeiro descoberto este ano em 2013. Segundo cálculos, ele irá passar a cerca de 37.000 quilômetros de distância da superfície de Marte, mas, as órbitas dos cometas são imprevisíveis e podem mudar à medida que se aproximam do Sol, pois, devido à sua composição, pode haver erupções de gases, o que faria com que sua rota mudasse de percurso, se afastando ou entrando em rota de colisão com o planeta vermelho. Estima-se que o núcleo do cometa seja de até 49 quilômetros de diâmetro, se movendo a uma velocidade de 193.000 km/h, dando-lhe enorme energia cinética. 
    O renomado Astrônomo Phil Plait, autor do blog Slate's Bad Astronomy, calculou que, mesmo que se o cometa for de 14 km de diâmetro, uma estimativa baixa, um impacto com Marte causaria uma explosão de um bilhão de megatons. Isso é, diz ele: “25 milhões de vezes maior do que a maior arma nuclear já testada na Terra”. Como asteróides, os cometas são grandes pedaços de rocha espacial que orbitam nosso sistema solar. Mas, ao contrário dos asteróides, os cometas são embalados com gelo. Esse gelo não é necessariamente apenas água, também há elementos como o dióxido de carbono e monóxido de carbono, que na Terra, geralmente, conhecemos apenas como gases, mas que no curso gelado do espaço se congelam no núcleo do cometa. 
      No momento o C/2013 A1 está a mais de um bilhão de quilômetros do Sol, em algum lugar depois de Júpiter, ou seja, ainda é muito frio. À medida que a órbita do cometa o arremessa em direção ao Sol, essas substâncias passam do estado sólido para o gasoso, o que muitas vezes causam erupções na superfície do cometa, alterando a rota do cometa. Com essa evaporação de gases, o núcleo do planeta fica envolto em uma nuvem difusa, chamada de 'coma', composto pelos gases e pedaços de escombros do cometa rochoso, podendo ter centenas de quilômetros de diâmetro. Isso significa que uma erupção pode ser maior que a distância que ele irá passar da superfície de Marte, e “se isso acontecer vai ser uma chuva de meteoros dos deuses para o planeta vermelho”, escreve Plait. Mesmo que o núcleo não atinja Marte, o efeito será apocalíptico para o planeta. Plait diz que o cometa deixaria uma cicatriz de centenas de quilômetros em Marte. E para as bases de observatórios na Terra seria ainda pior, já que, certamente, destruiria as sondas que estão em órbita e na superfície do planeta: “O material ejetado viria rigorosamente para o planeta e seria enviado para todas as direções na órbita de Marte”, segundo os escritos de Plait, “seria como estar orbitando em um tiro de espingarda”. De acordo com os cálculos, o cometa deve passar por Marte em Outubro de 2014.

Fonte: Jornal Ciência
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