Alunos do ensino fundamental e médio de escolas públicas e particulares já podem se inscrever na 15ª edição da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). As inscrições podem ser feitas até 11 de março, e as provas serão no dia 11 de maio. Organizada pela Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB) e a Eletrobras Furnas, a competição será dividida em quatro níveis para estimular o estudo das ciências ligadas à astronomia. O coordenador da OBA, professor João Batista Canalle, disse que há carência nos estudos astronômicos nas escolas brasileiras. Segundo ele, os professores têm receio de aprofundar o assunto, já que não têm ferramentas para a prática e nem conhecimento profundo sobre a ciência. "É preciso que o conhecimento seja cada vez mais atualizado para que haja maior interesse das crianças em estudar astronomia. É obrigação de todo professor estimular esse estudo". Canalle destacou, no entanto, que por mais que o estudo da astronomia seja importante, os professores não têm a formação necessária para ensinar. As provas serão aplicadas nas próprias escolas inscritas. Os alunos que se destacarem serão premiados com medalhas, além de um certificado de participação. Os vencedores também farão parte de um grupo de estudos que participará de competições internacionais. Em 2011, 803.180 alunos se inscreveram na OBA, e 33.307 foram premiados. A expectativa para este ano é que mais de 1 milhão se inscrevam.
29 de fevereiro de 2012
Enorme Asteróide irá Passar Pela Terra
A NASA informou que um asteróide com um diâmetro máximo de quase 100 metros (o que explodiu em Tunguska tinha 50 metros) irá passar perto da Terra às 15h25m (de Brasília) do dia 15 de Fevereiro de 2013. O asteróide tem o nome 2012 DA14, e vai passar a cerca de 27.000 km da Terra (dentro da órbita de satélites geoestacionários). O asteróide não irá bater na Terra, mas se batesse libertaria o equivalente a uma explosão de uma bomba de hidrogênio. Não irá bater, mas é claro que a especulação na internet já começou… afinal, o mundo não acabando em Dezembro de 2012, os pseudos têm que manter as pessoas no medo nos meses e anos seguintes com outras estórias…
Fonte: APOD
Segredos de Majestosa Nebulosa São Revelados em Nova Foto
A imagem mais detalhada até agora da conhecida nebulosa Carina foi tirada por um telescópio europeu, revelando características incríveis. A paisagem cósmica de gás, poeira e estrelas jovens da nebulosa está localizada a 7.500 anos-luz da Terra. A dinâmica de formação de estrelas da nebulosa dá aos astrônomos um importante campo para o estudo do desenvolvimento das estrelas massivas. A nebulosa Carina foi a peça central de muitas fotos incríveis do espaço no passado, mas a maioria delas foi tirada com alcances muito pequenos do espectro de luz. Dessa vez, ao usar capacidades infravermelhas do telescópio, a equipe conseguiu revelar alguns dos segredos da nebulosa. Essa nebulosa contém algumas das mais brilhantes e massivas estrelas. Uma dessas gigantes é a Eta Carinae, que além de misteriosa, é muito instável. Ela era a segunda estrela mais brilhante no céu por muitos anos, no século 19, e os astrônomos acreditam que ela irá se destruir em uma violenta supernova em um curto período de tempo. O grupo de estrelas brilhantes no centro da figura é um agrupamento chamado de Trumpler 14. Nos últimos milhões de anos, essa região do espaço formou muitas estrelas individuais e agrupamentos. O Trumpler 14 pode ser facilmente visualizado em imagens comuns, mas nessa, com infravermelho, muitas estrelas mais fracas podem ser detectadas. No lado esquerdo da imagem, uma pequena concentração de estrelas amarelas pode ser vista. Esse grupo, que não pode ser visto sem infravermelho, foi encontrado agora pela primeira vez. O novo panorama da Carina foi montado com centenas de imagens individuais, criando um intrigante mosaico da nebulosa.
28 de fevereiro de 2012
Nave Espacial Comercial Será Testada Ainda Este Ano
Um futuro no qual haverá vôos comerciais ao espaço, acessíveis à parte da população, parece estar mais próximo. A empresa aeroespacial Virgin Group, com sede em Las Cruces (Novo México), nos EUA, anunciou na última segunda-feira que pretende realizar a primeira viagem além da atmosfera da Terra ainda em 2012. O equipamento que deve ir ao espaço é chamado simplesmente de “SpaceShipTwo” (Nave Espacial 2), e já está em fase avançada de testes em laboratório. Mais de 500 clientes já se inscreveram para pegar uma carona na SpaceShipTwo quando ela puder voar. Para que todos possam sentir esse gostinho, a nave terá que fazer muitas viagens: trata-se de um veículo espacial pequeno, com espaço para dois pilotos e apenas seis passageiros. Cada um terá que desembolsar 200 mil dólares (cerca de R$ 340 mil, na conversão atual) por sua passagem. Por esse preço, cada tripulante terá a sensação de subir a 110 quilômetros do solo, enxergar a Terra lá de cima como se vê em filmes, e entrar em um ambiente de gravidade zero. Esta zona é chamada de suborbital: escapa à atmosfera terrestre, mas ainda não ingressa completamente no espaço. Segundo os cientistas da Virgin, ainda há muito que se pesquisar sobre esta região. Essa empreitada ainda representa novidade por ser de uma agência espacial privada, sem nenhum vínculo estatal. Mas a Virgin já não está sozinha: existe concorrência no promissor mundo do turismo espacial privado. Outra grande companhia, a também americana XCOR, também já tem orçamento suficiente para se lançar neste ramo.
26 de fevereiro de 2012
Os Misteriosos Anéis da Supernova 1987A
O que está causando esses estranhos anéis na supernova 1987A? Há vinte e cinco anos atrás, em 1987, a supernova mais brilhante da história recente foi vista na Grande Nuvem de Magalhães. No centro da imagem acima está um objeto central que é parte remanescente da violenta explosão estelar que aconteceu ali. Ao redor do centro curiosos anéis externos apareceram e tomaram a forma do número 8. Embora grandes telescópios incluindo o Telescópio Espacial Hubble monitorem os curiosos anéis por anos, sua origem ainda é misteriosa. A imagem acima foi feita pelo Hubble da parte remanescente da SN1987A em 2011. Embora a origem não seja definida com clareza existem especulações sobre a origem desses anéis, entre essas especulações está o fato de jatos estarem sendo emanados de uma estrela de nêutrons outrora escondida, e a interação do vento da estrela progenitora da supernova com o gás emitido antes da explosão.
Uma Bela Vista
Nessa imagem do limbo de Mercúrio é possível ver a Bacia Rembrandt na parte superior direita da imagem com a cratera Kipling à esquerda. Pelo fato da sonda ESSENGER executar ao redor de Mercúrio uma órbita extremamente elíptica, a sonda obtém belas imagens como essa do hemisfério sul de Mercúrio a cada órbita.
Nebulosa Hen 3-1333
Todos sabem que o universo é algo que está em constante mudança, mesmo as estrelas que num primeiro momento parecem estáticas e previsíveis todas as noites estão sujeitas a mudanças. Essa imagem feita pelo Telescópio Espacial Hubble das Agências Espaciais NASA/ESA mostra a nebulosa planetária Hen 3-1333. Nebulosas planetárias, mais uma vez, nada têm a ver com planetas, elas na verdade representam os espasmos mortais de estrelas de tamanho médio como o Sol. À medida que elas expelem suas camadas externas, grandes e irregulares glóbulos de gás brilhante se expandem ao redor dela, e que dão a impressão de planetas quando observados através de pequenos telescópios, telescópios esses que eram usados pelos primeiros astrônomos que as descobriram. Acredita-se que a estrela no coração da Hen 3-1333 tenha uma massa por volta de 60% a massa do Sol, mas diferente do Sol, seu brilho parece variar substancialmente com o tempo. Os astrônomos acreditam que essa variabilidade é causada por um disco de poeira que localiza-se quase que de lado quando visto da Terra, e que periodicamente obscurece a estrela. Essa estrela é uma estrela do tipo Wolf-Rayet, ou seja, está no estágio final de evolução de uma estrela como o Sol. Essas estrelas recebem esse nome pois apresentam muitas características observacionais com as estrelas Wolf-Rayet, que são muito maiores. Mas por que a similaridade? Tanto as estrelas Wolf-Rayet, como as estrelas Tipo Wolf-Rayet são quentes e brilham pois seu núcleo de hélio está exposto, nas estrelas Wolf-Rayet isso acontece devido aos fortes ventos estelares que as caracterizam e nas estrelas Tipo Wolf-Rayet isso ocorre devido às camadas externas das estrelas terem sido expelidas à medida que a estrela esgota seu combustível. O núcleo de hélio exposto, rico em elementos pesados, significa que as superfícies dessas estrelas são muito mais quentes que o Sol, normalmente com temperaturas entre 25.000 e 50.000 graus Celsius, enquanto que no Sol a temperatura da superfície é de apenas 5.000 graus Celsius. Assim, enquanto elas são dramaticamente menores em tamanho, as estrelas Tipo Wolf-Rayet como essa no coração da Hen 3-1333 efetivamente imitam a aparência de estrelas muito maiores e muito mais energéticas, ou seja, elas são estrelas tranquilas quase mortas vestindo roupas de estrelas Wolf-Rayet. Essa imagem na luz visível foi feita pelo Canal de Alta Resolução da Câmera Avançada de Pesquisa do Hubble. O campo de visão na imagem acima é de aproximadamente 26 por 26 arcos de segundo.
25 de fevereiro de 2012
Expedição 30: Cosmonautas Realizam Passeio Espacial
A imagem acima que mostra os cosmonautas russos Oleg Kononenko e Anton Shkaplerov, ambos engenheiros de vôo da Expedição 30, foi feita durante o passeio espacial realizado na quinta-feira dia 16 de Fevereiro de 2012. Durante, o passeio espacial de seis horas e quinze minutos, Kononenko e Shkaplerov moveram o guindaste Strela-1 do Pirs Docking Compartment em preparação para a sua substituição em 2012 com um novo laboratório e um novo módulo de trabalho. A dupla usou outro guindaste, o Strela-2 para mover a parte operada manualmente para o módulo Poisk para futuros trabalhos de montagem e manutenção. Ambos os guindastes telescópicos se estendem como uma vara de pescar e são usados para movimentar componentes pesados fora da ISS. No exterior do Poisk Mini-Research Module 2, eles também instalaram o Vinoslivost Materials Sample Experiment, que irá investigar a influência do ambiente espacial nas propriedades mecânicas dos materiais. Os cosmonautas também coletaram uma amostra de teste na parte isolada do Zvezda Service Module para buscar por qualquer sinal de organismos vivos. Ambos os cosmonautas estão vestindo as roupas espaciais russas Orlan com listras azuis e equipados com os capacetes com câmeras da NASA.
Cientistas Descobrem “Blocos de Formação da Vida” em Plutão
O telescópio espacial Hubble descobriu um forte “absorvedor” de luz ultravioleta na superfície do anão Plutão, sugerindo que o planeta gelado têm hidrocarbonetos. Esses hidrocarbonetos podem ter sido produzidos pela luz solar ou raios cósmicos que reagem com metano, monóxido de carbono e nitrogênio no gelo na superfície de Plutão. Os cientistas acreditam que a presença desses produtos químicos explica a tonalidade vermelha do corpo. Eles também encontraram evidências de mudanças na atmosfera de Plutão, com diferenças no espectro ultravioleta em comparação com as medições do Hubble de 1990. Isso pode ser devido a mudanças na pressão da atmosfera, ou simplesmente porque o telescópio observou diferentes terrenos. “A descoberta que fizemos com o Hubble nos lembra que descobertas ainda mais excitantes sobre a composição e a evolução da superfície de Plutão podem estar nos esperando, quando a nave New Horizons da NASA chegar ao planeta, em 2015″, disse o pesquisador Alan Stern.
Lixo Espacial: Restos do Foguete Ariane Caem Sobre o Maranhão
Moradores da cidade de Anapurus, no Maranhão, foram surpreendidos na manhã de quarta-feira pela queda de um grande fragmento de um foguete francês do tipo Ariane 44-L. De acordo com os populares, a queda do objeto foi seguida de um forte estrondo. De acordo com cálculos de decaimento orbital feitos pelo Apolo11-Satview, o fragmento que caiu em Anapurus (28 km de Chapadinha e 275km de São Luís) era o tanque de pressurização de um foguete Ariane H10, objeto com identificação internacional 24770, lançado em 1997. Segundo as testemunhas, a queda ocorreu às 06h00 pelo horário local. Moradores das cidades próximas ao local da queda ficaram bastante assustados com o evento, que rapidamente se espalhou entre a população. Na queda, diversas árvores ficaram destruídas.
Nebulosas da Auriga
Rica em aglomerados estelares e em nebulosas, a antiga constelação de Auriga, o Cocheiro, se ergue alta nos céus de inverno do hemisfério norte. Composta por dados obtidos através de filtros de banda curta e banda longa e se espalhando por aproximadamente 8 Luas Cheias, ou 4 graus no céu, essa imagem telescópica profunda foi registrada em Janeiro de 2012 e mostra algumas das belezas celestes da Auriga. Também conhecida como Nebulosa da Estrela Reluzente, suas nuvens vermelhas convolutas de gás hidrogênio brilhante são energizadas por estrelas quentes do tipo O AE Aurigae. A IC 410 (na parte superior direita) é significantemente mais distante, a 12.000 anos-luz de distância da Terra. A região de formação de estrelas é famosa pelo seu jovem aglomerado estelar mergulhado em seu interior, a NGC 1893, e as nuvens em forma de girino de poeira e gás. A IC 417 e a NGC 1931 na parte inferior direita da imagem, conhecidas como a Aranha e a Mosca , são também jovens aglomerados de estrelas mergulhados em suas nuvens natal que se localizam distantes da IC 405. O aglomerado de estrelas NGC 1907 está localizado perto da borda inferior da imagem, um pouco à direita do centro. O campo de visão acima repleto de objetos localiza-se ao longo do plano da Via Láctea na direção aproximada do anticentro galáctico.
Galáxias em Transformação
Muitas das galáxias do universo, são como a nossa, mostrando belos braços espirais, se contorcendo ao redor de um núcleo brilhante. Exemplos, mostrados nessa espetacular imagem feita com a Wide Field Camera 3 do Telescópio Espacial Hubble, das Agências Espaciais NASA e ESA, incluem a galáxia tombada na parte inferior da imagem, brilhando além da Via Láctea, e uma pequena galáxia espiral na parte central superior da imagem. Outras galáxias são mais estranhas ainda nas suas formas. A Markarian 779, a galáxia na parte superior da imagem tem essa aparência distorcida muito provavelmente devido a um recente encontro galáctico entre duas galáxias espirais. Essa colisão destruiu os braços espirais e dispersou boa parte do seu gás e da sua poeira, transformando-a em uma galáxia peculiar e com uma forma única. Essa galáxia faz parte do chamado catálogo Markarian, uma base de dados composta por mais de 1.500 galáxias denominadas em homenagem ao astrônomo americano B. E. Markarian, que estudou essas galáxias nos anos de 1960. Ele pesquisou o céu buscando objetos brilhantes com emissões fortes e pouco comuns no ultravioleta. A radiação ultravioleta pode vir de um grande número de fontes, então o catálogo de Markarian é muito diverso. Uma emissão ultravioleta excessiva pode ser resultado do núcleo de uma galáxia ativa, energizado por um buraco negro supermassivo no seu centro. Esse brilho intenso no ultravioleta pode ser também devido a eventos de intensa formação de estrelas, conhecidos como explosões de estrelas, possivelmente originados pela colisão entre as galáxias. As galáxias de Markarian, assim sendo, são objetos de estudos, estudos esses muitas vezes voltados para entender as galáxias ativas, as atividades de explosão de estrelas e as interações e fusões entre as galáxias.
23 de fevereiro de 2012
Tornados Solares Dançam Através da Nossa Estrela
A sonda da NASA – Observatório Solar Dinâmico – capturou um vídeo incrível de tornados solares, erupções de plasma super quente, soprando em toda a superfície do Sol. O vídeo mostra fontes de plasma rodando por toda a superfície do sol durante um período de 30 horas entre 7 e 8 de fevereiro. Mas, ao contrário dos furacões na Terra, que são impelidos pelo vento, os furacões de plasma do Sol são moldados pelo poderoso campo magnético da nossa estrela. Uma região ativa girando fornece o pano de fundo para os fluxos giratórios de plasma. As partículas são puxadas por forças magnéticas concorrentes, e seguem fios de linhas do campo magnético. A nave que gravou o vídeo está em uma missão de cinco anos para registrar imagens de alta definição do Sol, para ajudar os astrônomos a entender melhor como as mudanças no ciclo do Sol e o tempo solar podem afetar a vida na Terra. O Sol está atualmente em um período ativo de seu ciclo de 11 anos. O atual ciclo é conhecido como ciclo solar 24 e atingirá seu pico em 2013. No vídeo, o plasma mais frio aparece como manchas escuras sobre um fundo brilhante. A sonda gravou o vídeo na faixa de ultravioleta extremo do espectro da luz, dando ao filme um tom lúgubre amarelo.
Uma Paisagem Celeste zodiacal
Vênus e Júpiter são os planetas mais brilhantes nos céus durante esse mês. Pouco depois do Sol se pôr no dia 20 de Fevereiro de 2012 eles dominavam o céu acima do horizonte oeste nessa paisagem coberta por neve. No céu claro e transparente sobre o Parque Estadual de Cherry Springs na Pensilvania, EUA, os planetas puderam ser vistos também imersos na Luz Zodiacal. A Luz Zodiacal é o brilho difuso e triangular causado pela dispersão da luz do Sol na poeira localizada ao longo do plano da eclíptica. Mais brilhante perto do horizonte, o brilho da Luz Zodiacal sobe e primeiro invade o planeta Vênus e depois Júpiter. Quanto mais longe do horizonte, mais apagado é o brilho da Luz Zodiacal, mas nesse local e nessas condições ela ainda teve forças para invadir o amável aglomerado de estrelas das Plêiades localizado perto do topo da imagem. Com o passar dos dias a Lua crescente fará companhia para os dois planetas no horizonte oeste. Os dois brilhantes planetas estarão numa bela conjunção, separados por apenas 3 graus no céu no dia 13 de Março de 2012. A carta celeste abaixo mostra o horizonte oeste/sudoeste para a cidade de São Paulo no dia 13 de Março de 2012 às 20:00, e mostra como os dois planetas estarão próximos.
22 de fevereiro de 2012
Satélite da Nasa Registra Eclipse Solar Visto do Espaço
Enquanto no Brasil milhões de pessoas estavam curtindo um belo feriado de Carnaval, um interessante evento estava sendo registrado pelo observatório heliosférico da Nasa: o trânsito da Lua à frente do disco solar. O evento durou alguns instantes, mas o suficiente para causar um profundo mergulho no registro da emissão ultravioleta, medida constantemente pelo satélite. Apesar de ser um eclipse solar parcial como qualquer outro, o evento da terça-feira, 21 de fevereiro, não foi visto de nenhum lugar da Terra. O único lugar que permitiu sua observação foi no Cinturão de Clarke, uma região no espaço situada a 36 mil km de altitude onde se localizam os satélites geoestacionários e também o observatório de dinâmica solar da Nasa, SDO. Dessa região, o SDO monitora o Sol durante 24 horas e exatamente às 11h14 pelo horário de Brasília a Lua entrou em seu campo de visão, bloqueando parte do disco solar. Durante 1 hora e 42 minutos a lua transitou entre o satélite e o Sol, produzindo importantes dados para calibragem dos instrumentos a bordo do observatório. Através de um imageador de 16 megapixels, o SDO registra o Sol em diversos comprimentos de onda, principalmente no seguimento do ultravioleta extremo, entre 17 e 30 nanômetros (170 e 300 Angstroms), próximo aos raios-x. Durante o eclipse de terça-feira, parte da Lua cobriu a mancha solar 1422, fonte de intensa emissão eletromagnética no espectro ultravioleta, impedindo que a radiação atingisse os sensores no observatório. Isso causou a queda abrupta do sinal na saída dos detectores, o que o permitiu aos cientistas efetuarem uma calibragem mais apurada da sensibilidade dos instrumentos a bordo do SDO.
Onde Está o Curiosity?
A viagem da Terra até Marte demorará cerca de 36 semanas ou 254 dias. O cruzeiro terminará quando a sonda estiver a 45 dias, a contar da entrada na atmosfera marciana, quando começará a fase de aproximação. Clique na imagem e veja onde a sonda está nesse momento.
Exposição de Rochas em Parede de Cratera
Essa cratera de latitude intermediária em Marte, 53 graus de latitude norte aparece muito bem preservada, com uma clara cobertura de material ejetado e um anel bem definido. A exposição de rochas do embasamento são visíveis perto do topo do anel. Estudos desse local podem trazer informações sobre o terreno localizado abaixo da cobertura dessa região. Além disso, as imagens obtidas com a câmera HiRISE a bordo da sonda MRO mostra feições de pequena escala formadas através de processos de modificação e degradação, por exemplo, fraturas com poucos metros de largura que correm perpendicularmente ao talude são provavelmente formadas pelo deslizamento e por processos periglaciais. Valas e feições de fluxos são também provavelmente encontradas ao longo da parede da cratera, canais possivelmente rasos começaram nas exposições de rochas do embasamento e são visíveis ao longo do anel da cratera na porção superior esquerda da imagem.
18 de fevereiro de 2012
Imagem Colorida da Kuiper
Essa imagem em alta resolução com a cor realçada da Cratera Kuiper em Mercúrio, mostra não somente os raios brilhantes que se estendem para fora da cratera relativamente nova, mas também a coloração avermelhada do material ejetado que cobre a região ao redor da Kuiper. A cor avermelhada pode ser devido à presença de um material de composição distinta escavado das profundezas pelo impacto que formou a Kuiper.
A Busca pela Sonda Soviética Mars 6
A imagem acima mostra a última tentativa feita pela câmera HiRISE na sua busca pela sonda soviética que pousou em Marte, a Mars 6. Na época a expectativa era que a sonda Mars 6 se chocasse com Marte às 09:11:05 UT do dia 12 de Março de 1974. Infelizmente o contato com a Mars 6 foi perdido no momento em que ela deve ter se chocado com a superfície de Marte, contudo, dados transmitidos antes da falha de comunicação indicaram que os paraquedas foram abertos com sucesso. Isso deu aos cientista a esperança que eles um dia poderiam identificar o módulo de pouso perdido localizando o brilho branco do paraquedas da nave, que tem sido a coisa mais fácil de ser identificada nos locais onde as sondas têm pousado em Marte. Esse é então o motivo pelo qual essa imagem foi feita. A equipe da Câmera de Contexto (CTX) da sonda Mars Reconnaissance Orbiter observou um pequeno pedaço branco (na parte central esquerda da imagem), e então fizeram a sugestão para a equipe da câmera HiRISE de dar uma olhada detalhada no local. Uma vez que a equipe da câmera HiRISE examinou a imagem, ela descobriu que a mancha branca era apenas um terreno relativamente mais brilhante que o terreno ao redor nessa região. Desse modo a busca pelo módulo de pouso perdido da sonda Mars 6 continua.
17 de fevereiro de 2012
Robô e Homem Apertam Mãos em Primeira Missão Conjunta
A NASA construiu um robô para facilitar a vida dos astronautas no espaço. Na última quarta-feira (15), a máquina cumprimentou seu comandante humano com um caloroso aperto de mão, junto com uma mensagem silenciosa: “Olá, mundo”. O aperto de mão histórico, inédito para a NASA, foi compartilhado entre o robô humanóide Robonaut 2, e o astronauta americano Daniel Burbank, na Estação Espacial Internacional. “Um ótimo trabalho de programação e engenharia. Um robô muito impressionante”, comentou Burbank. A mensagem “Olá, mundo” foi dada com as mãos do robô, em língua de sinais americana. A mensagem é uma frase programada e também foi a primeira saudação enviada através do Twitter do robô, @AstroRobonaut. Robonaut 2, ou R2, como é conhecido na NASA, é um robô de 4,3 milhões de reais projetado para ser um assistente autônomo, que vai ajudar os astronautas com tarefas complexas para manter a estação espacial funcionando corretamente. O robô foi desenvolvido através de uma parceria da NASA com a fabricante de automóveis General Motors, e é o primeiro robô humanóide a voar no espaço. “Hoje foi um grande passo para o desenvolvimento de R2″, disse Ron Diftler, gerente do projeto Robonaut 2. “A tripulação e o robô estão trabalhando muito bem juntos e estamos ansiosos para todas as oportunidades que virão a partir desta colaboração”. Robonaut 2 chegou a estação espacial em fevereiro de 2011, durante o último voo do ônibus espacial Discovery. O robô consiste de um torso, braços e cabeça equipada com câmera. Ele tem cerca de um metro e cinco centímetros de altura e pesa cerca de 135 quilos. A NASA tem um irmão gêmeo do robô na Terra, para uso em testes. O modelo tem rodas móveis que o permitem navegar por terrenos diferentes. O próximo teste do Robonaut 2 no espaço será verificar câmeras a bordo do robô. As câmeras montadas em sua cabeça permitem que controladores vejam o que o robô vê, e também podem ser utilizadas pelo próprio robô para verificar o seu trabalho. Se o Robonaut 2 passar seus testes de visão da câmera, os engenheiros da NASA planejam testar a capacidade do robô de manipular interruptores, botões e realizar outros testes de destreza em um painel que imita os controles usados na Estação Espacial Internacional. Robonaut 2 tem trazido fama para a NASA. O Twitter do robô, alimentado por engenheiros, tem 52.786 seguidores e está ganhando mais a cada dia. Vamos rezar para ele não deixar a fama subir a cabeça e se tornar um HAL9000 (o robô do filme “2001: Uma Odisséia no Espaço”), que racionalizava e pode-se dizer que até demonstrava sentimentos, colocando a vida de seus astronautas em risco. Cuidado, Daniel Burbank.
Satélite-Faxineiro Limpará o Espaço Para Seus Colegas
A Terra está cercada por uma nuvem de mais de meio milhão de pedaços de lixo espacial, de foguetes do tamanho de um ônibus até lascas de tinta. Mas, orbitando a velocidades incríveis, qualquer pedacinho pode ser um perigo – e uma multa – para as operadoras de satélite, e ameaçando até a Estação Espacial Internacional. Toda vez que dois objetos colidem, se transformam em milhares de outros. Para combater essa crescente dor de cabeça, cientistas suíços e engenheiros anunciaram o lançamento da CleanSpace One, um projeto para construir o primeiro dos satélites-faxineiros, que irão ajudar a limpar o espaço. Para ser lançado daqui três a cinco anos, o CleanSpace One vai se encontrar com um de dois objetos defuntos em órbita, o satélite Swisscube ou seu primo, o TIsat, ambos com mil centímetros cúbicos de tamanho. Quando o faxineiro chegar até o objeto, um braço mecânico vai pegá-lo e arremessá-lo na atmosfera terrestre, para que queime e se desintegre. O CleanSpace One está sendo desenvolvido no Centro Espacial Suíço. O desafio é o sistema que vai segurar um objeto que gira ao redor da Terra a 28 mil quilômetros por hora. “O maior desafio é desenvolver um sistema que abrace e pegue exatamente o Swisscube”, afirma a cientista envolvida, Muriel Richard. A inspiração, de acordo com ela, está vindo de organismos vivos. Eventualmente, a equipe espera oferecer e vender uma série de sistemas desenhados para retirar lixo de vários tamanhos do espaço. “As agências espaciais estão cada vez mais achando necessário eliminar as coisas que estão enviando para o espaço. Nós queremos ser pioneiros nessa área”, afirma o diretor do Centro, Volker Gass. Sistemas menores, como o CleanSpace One, serão de baixo custo. “Não é um sistema multimilionário, é desenvolvido com uma base universitária”, comenta Richard. Realmente pode existir um mercado para esses satélites-faxineiros. Em 2009, o satélite americano Iridium colidiu com restos de um satélite russo inativo, produzindo mais dois mil pedaços de lixo, alguns dos quais destruíram um satélite com custo de R$ 100 milhões. Quanto mais restos se acumulam, mais colisões entre satélites e lixo são esperadas, gerando um efeito em cadeia. “Vai haver um efeito avalanche, e mais e mais satélites vão ser danificados ou destruídos em órbita”, afirma Gass. Mais riscos de impactos significam mais custos de seguro. Pedaços de lixo espacial também oferecem um risco para as pessoas da Terra. O astronauta Claude Nicollier compara o problema do lixo espacial com o aquecimento global. “De certo modo, existe uma similaridade entre os dois problemas”, afirma. “Se não fizermos nada, teremos grandes problemas no futuro”.
Reia na Frente de Titã
As crateras aparecem muito bem definidas no congelado satélite Reia em frente do disco nublado da lua muito maior, Titã, nessa imagem feita pela sonda Cassini dessas duas luas de Saturno. O terreno iluminado visto nessa imagem é o hemisfério principal de Reia e Titã. O norte nas luas está para cima e rotacionado de 13 graus. O limbo, ou a borda do disco visível de Reia é levemente superexposto nessa imagem. A imagem acima foi feita com o filtro verde da luz visível da câmera de ângulo restrito da sonda Cassini no dia 10 de Dezembro de 2011. A imagem foi adquirida a uma distância aproximadamente 2 milhões de quilômetros de Titã com o conjunto Sol-Titã-Cassini em fase com ângulo de 109 graus. Enquanto isso a sonda estava a uma distância de 1.3 milhões de quilômetros de Reia com o conjunto Sol-Reia-Cassini formando o mesmo ângulo de 109 graus. A escala da imagem é de 12 km por pixel em Titã e de 8 km por pixel em Reia.
16 de fevereiro de 2012
Pedra que Rolou Pela Lua é Fotografada Pela NASA
Cientistas da NASA fotografaram uma pedra que rolou por toda a superfície da Lua. A imagem, capturada pelo Lunar Reconnaissance Orbiter Camera (Câmera do de Reconhecimento do Orbitador Lunar), mostra a pedra que caiu em um declive na cratera Schiller, deixando para trás sua trilha original. Mas longe de ser um evento recente, as marcas da rocha sugerem que ela se moveu pela Lua entre 50 e 100 milhões de anos atrás. Pesquisadores acreditam que a pedra começou a rolar depois de ser atingida por um meteorito, ou depois de ser desalojada por tremores de um impacto nas proximidades.
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E se os Pólos Magnéticos da Terra se Inverterem?
O fim do mundo pode acontecer de diversas maneiras, depende de para quem você pergunta. Por exemplo, alguns acreditam que o cataclismo global vai acontecer quando os pólos magnéticos da Terra se inverterem. Quando o norte virar o sul, os continentes vão se mover, gerando terremotos massivos, mudanças climáticas e a extinção das espécies. O histórico geológico mostra que os pólos já se reverteram centenas de vezes na história; isso acontece quando grupos de átomos de ferro no núcleo externo líquido da Terra se alinham de maneira oposta, como ímãs orientados para a direção oposta daqueles que estão ao redor. Quando os inversos chegam a ponto de dominar o núcleo, os pólos da Terra se invertem. A última vez que isso aconteceu já faz cerca de 780 mil anos, na Idade da Pedra, e realmente há evidência de que o planeta esteja nos estágios iniciais de mais uma reversão. Mas nós deveríamos mesmo se preocupar com esse evento? Os continentes vão se partir ou estamos preocupados por nada? “A mudança mais dramática que pode ocorrer, com a reversão dos pólos, é uma grande diminuição na intensidade do campo magnético”, afirma Jean-Pierre Valet, que conduz pesquisas em mudanças geomagnéticas no Instituto de Física Terrestre de Paris. O campo magnético da Terra leva entre mil e 10 mil anos para se reverter, e durante esse processo, ele diminui muito até se realinhar. “Não é uma mudança súbita, mas um processo lento, durante o qual a força do campo fica fraca, ele pode mostrar mais de dois pólos durante um tempo, para então ficar forte e se alinhar na posição contrária”, comenta a cientista Monika Korte. Os cientistas dizem que é o enfraquecimento a pior fase para os terrestres. De acordo com John Tarduno, professor de geofísica na Universidade de Rochester, um campo magnético forte ajuda a proteger a Terra da radiação solar. “Ejeções de massa coronal algumas vezes atingem a Terra”, afirma. “Algumas das partículas associadas às EMC podem ser bloqueadas pelo campo. Com um fraco, o escudo é menos eficiente”. As partículas carregadas que bombardeariam a Terra, durante as tempestades solares, iriam cavar buracos na atmosfera, e isso poderia machucar os humanos. “Buracos na cama de ozônio poderiam se formar com a interação de reações químicas. Eles não seriam permanentes, mas poderiam existir durante um até dez anos – o que é significante em termos de câncer de pele”, afirma Tarduno. Valet concorda que um campo magnético mais fraco poderia levar a formação de buracos na camada de ozônio. Ele escreveu um artigo no ano passado comentando a ligação entre o fim dos Neandertais, nossos primos ancestrais, e a diminuição na intensidade do campo magnético, que ocorreu no mesmo período. (Nesse momento, o enfraquecimento não chegou a provocar uma mudança de pólos). Outros cientistas não estão convencidos de que exista uma conexão entre a reversão dos pólos e a extinção de espécies. “Mesmo que o campo fique muito fraco, na superfície da Terra nós estamos protegidos da radiação pela atmosfera. Assim como não conseguimos perceber a presença geomagnética agora, provavelmente não sentiríamos nenhuma mudança significativa com uma reversão”, afirma Korte. Nossa tecnologia, entretanto, com certeza estaria em perigo. Mesmo hoje, tempestades solares podem danificar satélites, causar apagões e interrupção das comunicações de rádio. “Esse tipo de influência negativa com certeza iria aumentar se o nosso campo ficasse mais fraco, e seria importante encontrar estratégias de segurança”. Outra preocupação adicional é que a diminuição e reversão do campo desorientariam todas as espécies que utilizam o geomagnetismo para se orientar, incluindo abelhas, salmões, tartarugas, baleias, bactérias e pombos. Não há consenso entre os cientistas sobre como essas criaturas se orientariam. Os cientistas afirmam que muitos dos desastres no imaginário popular são pura fantasia. Definitivamente não aconteceria nenhuma quebra ou mudança nos continentes. A primeira prova é o histórico geológico. Quando a última mudança dos pólos aconteceu, “nenhuma mudança na ordem dos continentes ou desastre ocorreu, e os fósseis estão aí para provar isso”, comenta o geólogo Alan Thompson. Os cientistas explicam que as mudanças no núcleo líquido da Terra acontecem em uma instância completamente diferente das convecções no manto terrestre (que geram os movimentos nas placas tectônicas e nos continentes). O núcleo líquido realmente encosta-se no fundo do manto, mas levaria dezenas de milhões de anos para as mudanças internas influenciarem o movimento das placas. O campo magnético está no momento se enfraquecendo, provavelmente devido a um crescimento na reversão do núcleo líquido embaixo do Brasil e do Atlântico Sul. De acordo com Tarduno, a força do campo magnético terrestre “vem diminuindo por pelo menos 160 anos a um nível muito rápido, o que leva alguns cientistas a especular que estamos caminhando para uma inversão”. Isso talvez possa acontecer, ou não. A Terra é um sistema muito complexo para os cientistas adivinharem o que esperar. De qualquer modo, o processo vai levar alguns milhares de anos, o que nos dá tempo para nos ajustarmos às mudanças.
ESO Registra Longo Filamento de Berçário Estelar
Uma nova imagem do
telescópio APEX (Atacama Pathfinder Experiment) divulgada nesta quarta-feira
pelo Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) mostra um filamento
sinuoso de poeira cósmica, que é berçário estelar, com mais de dez anos-luz de
comprimento. No interior deste filamento estão escondidas estrelas
recém-nascidas, e nuvens densas de gás preparam-se para colapsar e formar ainda
mais estrelas. Esta é uma das regiões de formação de estrelas mais próximas de
nós. Os grãos de poeira cósmica são tão frios que são necessárias observações
no comprimento de onda do milímetro, tais como estas obtidas com a câmera LABOCA
montada no APEX, para podermos detectar o seu brilho tênue. A chamada
"nuvem molecular do Touro", que fica situada na constelação do Touro,
está a cerca de 450 anos-luz de distância da Terra. Esta imagem mostra duas
partes de uma estrutura filamentar muito comprida na nuvem, conhecidas como
Barnard 211 e Barnard 213. Os nomes vêm do atlas fotográfico de "marcas
escuras do céu" compilado por Edward Emerson Barnard no início do século
XX. No visível, estas regiões aparecem como tiras escuras, sem estrelas.
Segundo o ESO, sabe-se hoje que estas marcas escuras são na realidade nuvens de
grãos de poeira e gás interestelar.
Os grãos de poeira -
pequeníssimas partículas parecidas com cinza fina e areia - absorvem a radiação
visível, impedindo-nos de observar o rico campo estelar por trás das nuvens. A
nuvem molecular do Touro mostra-se particularmente escura nos comprimentos de
onda visíveis, uma vez que não possui estrelas de grande massa que iluminam as
nebulosas em outras regiões de formação estelar. Os grãos de poeira emitem eles
próprios um brilho fraco, mas, uma vez que são extremamente frios, com
temperaturas de cerca de - 260ºC, a sua radiação só pode ser observada em
comprimentos de onda muito maiores que os da radiação visível, a cerca de um
milímetro. Estas nuvens de gás e poeira não são apenas um obstáculo aos
astrônomos que desejam observar as estrelas por trás delas. Na realidade, elas
próprias são locais de nascimento de novas estrelas. Quando as nuvens colapsam
sob a sua própria gravidade, fragmentam-se em nós. Dentro destes nós podem
formar-se núcleos densos, onde o hidrogênio gasoso se torna suficientemente
denso e quente para que se iniciem reações de fusão: nasce uma nova estrela.
O nascimento da estrela
encontra-se por isso rodeado por um casulo de poeira denso, que impede a
observação nos comprimentos de onda do visível. É por isso que observações a
maiores comprimentos de onda, tais como o milímetro, são essenciais para o
estudo dos primeiros estágios de formação estelar. A parte superior direita do
filamento que foi registrado pelo ESO é a Barnard 211, enquanto que a parte
inferior esquerda é a Barnard 213. As observações na banda do milímetro obtidas
com a câmera LABOCA montada no telescópio APEX, que mostram o brilho dos grãos
de poeira, estão aqui representadas em tons de laranja, encontrando-se
sobrepostas a uma imagem da região no óptico, a qual mostra um campo de fundo
rico em estrelas. A estrela brilhante por cima do filamento é a φ Tauri,
enquanto que a que se encontra parcialmente visível no lado esquerdo da imagem
é a HD 27482. Ambas as estrelas estão mais próximo de nós que o filamento e não
se encontram associadas a ele.
Fonte: AstroPT
Imagem Ajuda a Desvendar "Mistério" dos Buracos Negros
Imagem divulgada nesta quarta-feira pela agência espacial européia (ESA, na sigla em inglês) mostra um grupo jovens de estrelas azuis em torno de um buraco negro chamado de HLX-1. O registro inédito foi capturado pelo telescópio espacial Hubble e, segundo astrônomos, indica que o buraco se formou a partir de uma galáxia anã. De acordo com a ESA, a descoberta tem importantes implicações na compreensão da evolução dos buracos negros e das galáxias. Os astrônomos sabem como as estrelas supermassivas se desintegram para a formação dos buracos, no entanto não está claro como estas estruturas, que podem ter massa milhões de vezes maior que a do Sol, podem se formar no núcleo das galáxias. A idéia defendida pelos pesquisadores é de que essas estruturas supermassivas podem se originar a partir da fusão de pequenos e médios buracos negros. O fato de haver um grupo muito jovem de estrelas na imagem indica, segundo os astrônomos, que o buraco negro de massa intermediária pode ter se originado a partir da galáxia anã, que foi "engolida" pela estrutura mais massiva. Conhecido como Hyper-Luminous fonte de raios-X 1, o buraco negro registrado na imagem pesa cerca de 20 mil vezes a massa do Sol e encontra-se em direção à borda da galáxia ESO 243-49, que está a 290 milhões de anos-luz da Terra. O estudo liderado por universidades do Reino Unido e da Austrália foi publicado nesta quarta-feira no Astrophysical Journal.
Fonte: APOD
14 de fevereiro de 2012
Módulo de Pouso da Sonda Phoenix
A imagem acima mostra o módulo de pouso da nave Phoenix, quase dois anos depois de pousar em Marte e foi feita pela câmera HIRISE que viaja a bordo da sonda MRO. Somente o escudo protetor e o módulo de pouso são visíveis pois as outras partes incluindo os paraquedas já haviam sidos cobertos pela poeira. Os painéis solares da sonda estavam colapsados o que dava ao sistema uma aparência pouco comum. Os cientistas gostam de fazer imagens de veículos robôs inativos em Marte para poderem ter uma melhor idéia sobre o ambiente marciano e quanto tempo é necessário para que demais partes desses veículos sejam cobertas. Diferente da Lua que tem um ambiente relativamente estático, Marte possui ventos fortes e tempestades de poeira e areia que alteram constantemente seu terreno. Rastros deixados pelas sondas em Marte normalmente não duram mais que poucas semanas.
Pilares da Criação ou da Destruição?
Em 1995, fomos abençoados com a imagem de um grupo de colunas com 4 anos-luz de altura, localizadas na Nebulosa da Águia, um jovem aglomerado estelar aberto a 7.000 anos-luz daqui: os chamados Pilares da Criação. O único problema é que eles não existem realmente. Como assim?! Os cientistas descobriram que eles foram destruídos, explodidos por uma supernova que aconteceu há 6.000 anos. Com nossos telescópios, podemos ver a supernova avançando e destruindo tudo o que toca. O único problema é que, como a Nebulosa está a 7.000 anos-luz de distância de nós e a explosão aconteceu há 6.000 anos… Isso mesmo! Em mil anos, haverá um grande show na Terra. A onda de choque chegará aos Pilares da Criação e, assim como eles foram criados, serão destruídos. Só que o show na verdade aconteceu muito tempo atrás. Ou seja, os pilares como nós vemos hoje não existem mais, pois vemos imagens emitidas milhares de anos atrás. Uma vez que a luz tem de viajar uma grande distância, só vai chegar depois que o evento ocorreu. Quando olhamos para o céu, passam-se segundos, minutos, anos, séculos e milênios de distância. Apesar de termos conhecimento que uma supernova destruiu essa nebulosa como a conhecemos, só poderemos presenciar este evento daqui a mil anos. O universo é intrigante, não?
Sonda faz Mapa de Regiões com Formação Estelar na Via Láctea
A Missão Planck, da
Agência Espacial Européia, captou os dados. A detecção de monóxido de carbono
permite a montagem da imagem. Um mapa divulgado com dados coletados pela sonda
Planck, da Agência Espacial Européia (ESA, na sigla em inglês), revela 10 mil
regiões de formação estelar, muitas delas nunca vistas antes por astrônomos. A
imagem foi divulgada nesta semana e mostra berçários de estrelas tão frios que
atingem temperaturas de apenas 7 graus acima do zero absoluto - aproximadamente
273 graus Celsius negativos. Os pontos azuis na imagem acima mostram
concentrações de centros estelares. A detecção das regiões é feita de forma
indireta. Como o hidrogênio que forma as nuvens de gás é difícil de ser
detectado, os cientistas procuram por monóxido de carbono para coletar as
informações que compõem o mapa.
Fonte: Megacurioso
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12 de fevereiro de 2012
Meteoritos Causam Avalanches na Superfície de Marte
Segundo um novo estudo, conforme os meteoritos viajam em direção à superfície de Marte, eles podem provocar avalanches antes mesmo de atingir o chão. Rochas espaciais voando em direção a superfície de Marte podem viajar a várias vezes a velocidade do som, criando ondas de choque no ar. Estas ondas de choque agridem o chão, levantando poeira que rola sobre encostas. “Nós achávamos que algumas das faixas de poeira que víamos em encostas eram causadas por tremores sísmicos durante o impacto com meteoritos, disse Kaylan Burleigh, que liderou o projeto de pesquisa. “Ficamos surpresos ao descobrir que eram as ondas de choque no ar que impulsionavam as avalanches, mesmo antes do impacto. A equipe analisou as faixas de poeira vistas nas imagens de uma sonda da NASA, e descobriu que muitas não se encaixavam no padrão esperado, se fossem causadas pela agitação sísmica produzida pelo impacto de uma rocha espacial. Em vez disso, essas faixas de poeira eram assinaturas de ondas de choque que teriam sido criadas antes de qualquer impacto. Na verdade, quando os cientistas usaram um modelo computacional para simular as características geológicas esperadas de ondas de choque, eles descobriram marcas curvas características, chamadas cimitarras, correspondendo exatamente às observadas na superfície de Marte. “Aquelas cimitarras nos deram a dica de que algo diferente de agitação sísmica deveria estar causando as avalanches de poeira, disse Burleigh. Marte é regularmente bombardeado com impactos de meteoritos. A fina atmosfera do planeta é 100 vezes menos densa do que a da Terra, e não pode proteger a superfície de rochas. Em média, cientistas descobrem em Marte cerca de 20 crateras de impacto entre um e 50 metros de largura cada ano. “Esta é parte de uma história maior sobre a atividade da superfície de Marte. O que estamos percebendo é muito diferente do que se acreditava anteriormente, disse Alfred McEwen, um dos coautores do novo estudo. “Precisamos entender como funciona Marte hoje, antes de interpretar corretamente o que pode ter acontecido lá quando o clima era diferente, e antes de estabelecer comparações com a Terra, explica.
Vega pronto para o seu voo inaugural
No próximo dia 13 de Fevereiro descolará pela primeira vez o novo lançador da Agência Espacial Européia, Vega. O primeiro foguete Vega irá descolar do Porto Espacial Europeu, em Kourou, na Guiana Francesa, transportando nove satélites, aumentando assim a capacidade da frota de lançadores européia. A primeira missão, designada VV01, tem a descolagem marcada para uma janela de lançamento de duas horas. Das 10:00–12:00 GMT. Este primeiro voo marca o culminar de nove anos de desenvolvimento, a cargo da ESA e parceiros, a agência espacial italiana (ASI) e a ELV SpA, o contratante principal para o desenvolvimento do veículo. Este programa foi suportado por sete estados membros: Bégica, França, Itália, Holanda, Espanha, Suécia e Suiça. O Vega é compatível com cargas que vão dos 300 kg aos 2.500 kg, dependendo do tipo de órbita e da altitude requerida pelos clientes. Com estas características, o Vega oferece à Europa uma grande segurança, fiabilidade e competitividade no lançamento de equipamento científico e de observação da Terra. O Vega vem assim complementar a família de lançadores já disponíveis na Guiana Francesa: o Ariane 5 para cargas pesadas e o Soyuz como lançador de médio porte, introduzido em Outubro de 2011. Neste voo inaugural, a carga consiste em dois satélites italianos – o de laser LARES, da ASI, e o ALMASat-1, da Universidade de Bolonha – tal como sete nanosatélites, de universidades européias: e-St@r (Itália), Goliat (Romênia), MaSat-1 (Hungria), PW-Sat (Polônia), Robusta (França), UniCubeSat GG (Itália) e o Xatcobeo (Espanha). Esta primeira missão permitirá certificar todo o sistema Vega, incluindo o próprio veículo, a sua infra-estrutura de lançamento e operações, da campanha de lançamento à separação da carga e desativação do andar superior. Depois deste voo de certificação, o sistema de lançamento do Vega será entregue à Arianespace, que ficará responsável pelas operações. A empresa também terá a seu cargo a comercialização no mercado internacional, tendo como objetivo conseguir pelo menos duas missões por ano. A ESA será o primeiro cliente da Arianespace, com cinco lançamentos.
11 de fevereiro de 2012
Lunação
A aparência da Lua muda a cada noite. Nessa sequência de imagens acima configuradas como se fosse um vídeo do tipo time-lapse, pode-se ver como a aparência da Lua muda durante uma lunação, ou seja, um ciclo lunar completo. À medida que a Lua orbita a Terra, a metade iluminada pelo Sol torna-se cada vez mais visível e então começa a diminuir. A Lua sempre mantém a mesa face voltada para a Terra. O tamanho aparente da Lua muda muito pouco, apesar de uma pequena oscilação chamada de libração ser observada à medida que ela avança ao longo da órbita elíptica. Durante o ciclo, a luz do Sol reflete na Lua em diferentes ângulos, e assim ilumina as feições lunares de forma diferente. Uma lunação completa dura 29.5 dias um pouco menos de um mês.
Cratera Udzha
A imagem acima mostra a Cratera Udzha em Marte. Essa imagem foi feita pela câmera THEMIS da sonda Mars Odyssey Orbiter. A Cratera Udzha tem 45 quilômetros de diâmetro, mas se apresenta quase que totalmente coberta por camadas de gelo e poeira, de modo que somente a parte mais alta do anel da cratera pode ser vista acima dos depósitos polares o que dá pistas sobre sua forma circular. Infelizmente não existem muitas informações sobre a Cratera Udzha.
Estará a Rotação de Vênus Abrandando?
Dados recentemente obtidos pela Venus Express revelaram que o período de rotação de Vênus é agora 6,5 minutos mais longo que o medido no início dos anos 90 pela sonda americana Magellan. Esta intrigante diferença foi detectada pelos cientistas da missão européia depois de verificarem que as estruturas geológicas que estudavam não se encontravam exatamente na posição esperada. Usando dados obtidos pelo instrumento VIRTIS (Visible and Infrared Thermal Imaging Spectrometer) da Venus Express, investigadores da ESA descobriram que pontos específicos da superfície venusiana se encontravam deslocados cerca de 20 km em relação aos locais onde deveriam estar, tendo em conta o período de rotação calculado há quase duas décadas pela Magellan. Cerca de 4 anos e meio na órbita do planeta permitiram à sonda da NASA determinar com extrema precisão a duração do dia venusiano, fixando-o em 243,0185 ± 0,0001 dias terrestres. Agora, quase 18 anos após a Magellan ter concluído a sua missão, dados obtidos pela Venus Express indicam que o período de rotação de Vênus se estendeu em média por mais 6,5 minutos. O que terá provocado o abrandamento da rotação de Vênus? A resposta poderá estar na densa atmosfera do planeta. Com mais de 90 vezes a pressão registada na superfície da Terra e com a presença de ventos velozes nas camadas mais altas, a atmosfera venusiana exerce uma fricção considerável na superfície, fricção essa capaz de alterar o período de rotação. No nosso planeta, os ventos e as marés produzem um efeito semelhante, provocando a cada ano oscilações sazonais no período de rotação terrestre em cerca de 1 milissegundo. A variação observada pela Venus Express é, no entanto, demasiado elevada, tendo em conta que ocorreu em apenas um par de décadas. Os cientistas da missão estão ainda investigando a contribuição de outros mecanismos neste fenômeno, incluindo a troca de momento angular entre Vênus e a Terra quando os dois planetas se encontram mais próximos um do outro.
10 de fevereiro de 2012
No Coração do NGC 6752
Essa nítida imagem feita pelo
Telescópio Espacial Hubble espia dentro do objeto conhecido como NGC 6752.
Localizado a aproximadamente 13.000 anos-luz de distância na direção da
constelação do céu do sul Pavo, o aglomerado globular de estrelas perambula
pelo halo da Via Láctea. Com mais de 10 bilhões de anos de vida, o NGC 6752
agrupa mais de 100 mil estrelas em uma esfera de aproximadamente 100 anos-luz
de diâmetro, mas a imagem do Hubble mostrada acima mostra a região central
desse aglomerado que ocupa uma região de 10 anos-luz de diâmetro e consegue
resolver individualmente as estrelas localizadas perto do denso núcleo do
aglomerado.
De fato, a imagem acima
inclui algumas das estrelas pertencentes ao aglomerado chamadas de estrelas
azuis nômades, ou blue stragglers, essas estrelas parecem ser muito jovens e
massivas e não são esperadas de serem encontradas nesse tipo de aglomerado onde
espera-se encontrar estrelas com no mínimo o dobro da idade do Sol. Pesquisas
feitas no NGC 6752 também têm indicado que uma grande fração das estrelas
localizadas perto do centro, são sistemas múltiplos de estrelas, essas
observações dão força aos argumentos que sugerem que as estrelas se fundem e
colidem num ambiente estelar denso podendo assim criar as estrelas azuis
nômades do aglomerado.
Fonte: APOD
NGC 2683
A galáxia espiral NGC 2683 possui uma barra através do seu núcleo? Sabemos que esta galáxia é muito parecida com a nossa galáxia barrada, a Via Láctea. Assim podemos inferir que a NGC 2683 talvez tenha uma barra similar. No entanto, como a vemos perfilada, torna-se muito difícil para nós confirmarmos esta hipótese. De qualquer forma, este fulgurante "universo-ilha", catalogado como NGC 2683, reside a 20 milhões de anos-luz de distância da Terra na direção da constelação do Lince (Lynx). A NGC 2683 é apenas visível de perfil nesta paisagem cósmica, com outras galáxias distantes espalhadas no fundo da imagem. A luz misturada de uma grande população de estrelas amareladas envelhecidas forma um notável núcleo galáctico brilhante. Silhuetas geradas pelas luzes estelares demonstram a presença abundante de estradas de poeira cósmica, pontuadas pelo brilho azulado dos aglomerados de estrelas jovens nos berçários estelares da bela NGC 2683.
9 de fevereiro de 2012
Por que a Lua não Parece ter Movimento de Rotação?
Como vemos sempre o mesmo lado da Lua, é compreensível pensar que o satélite natural da Terra não tem movimento de rotação, certo? Errado. A "Lua tem rotação sim, só que o período em que ela gira em torno de si mesma leva o mesmo tempo do movimento de translação em torno da Terra", explica a astrônoma da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Thaisa Storchi Bergmann. Ela diz que à medida que a Lua gira em torno da Terra, ela gira também em torno do seu eixo. Por isso sempre vemos a mesma face do astro. "Uma analogia interessante pode ser realizada com uma experiência caseira: girar em torno de uma cadeira olhando para ela. Depois de um giro completo, além de dar uma volta na cadeira, teremos feito o movimento de rotação", exemplifica. Isso acontece porque a Terra, com sua imensa força gravitacional, acaba freando a rotação da Lua. Isso se chama força de maré. "Conhecemos as marés produzidas pela Lua na Terra, mas a Terra produz uma força de maré ainda mais forte sobre a Lua", diz.
O Cinturão de Vênus Sobre Mercedes, Argentina
Embora você com certeza já tenha visto esse fenômeno, pode ser que você não tenha notado. Durante um crepúsculo sem nuvens, um pouco antes do nascer ou do pôr-do-Sol, parte da atmosfera acima do horizonte aparece um pouco colorida de rosa ou laranja. Chamado de Cinturão de Vênus essa banda entre o céu escuro na parte da noite e o céu azul já no dia pode ser vista em qualquer direção incluindo a direção oposta ao Sol. Acima dessa faixa, o céu azul está com a luz do Sol normalmente refletida pela atmosfera. No cinturão de Vênus, contudo a atmosfera reflete a luz do Sol se pondo ou nascendo por isso ela se apresenta mais avermelhada. Abaixo do cinturão de Vênus, a atmosfera aparece mais escura pelo fato de nenhuma luz do Sol chegar até ela. O Cinturão de Vênus pode ser visto de qualquer local que tenha um horizonte claro. A foto acima foi feita no mês de Janeiro de 2012 na região de Mercedes na Argentina, uma vista panorâmica contendo o Cinturão de Vênus foi digitalmente adicionada ao conjunto de 16 fotos menores. O cinturão já foi capturado por acidente em outras fotografias.
Encélado Iluminado por Saturno
Essa lua está sendo iluminada pela luz refletida de seu planeta. Especificamente, uma grande porção de Encélado, mostrado acima, está sendo iluminado primariamente pela luz do Sol refletida por Saturno. O resultado é que a lua que normalmente tem uma tonalidade branca como a neve aparece na cor dourada do topo das nuvens de Saturno. Como grande parte da iluminação vem da esquerda da imagem, um labirinto de cadeias gera notáveis sombra se formando na parte direita da imagem, enquanto que o cânion com um quilômetro de profundidade, o Labtayt Sulci é visível abaixo. A parte fina brilhante e crescente de Encélado, na parte mais a direita da imagem é a única parte de Encélado diretamente iluminada pelo Sol. A imagem acima foi feita em 2011, enquanto a sonda Cassini realizava sua passagem sobre a lua. Uma olhada com mais cuidado na imagem acima revela na parte inferior de Encélado as plumas de cristais de gelo que acredita-se tenham suas origens no mar localizado abaixo de sua superfície.
8 de fevereiro de 2012
Labareda Solar da Classe X2
A mancha solar 1402 continua a liberar labaredas no Sol com muita intensidade. Às 18:37 UT de sexta-feira, dia 27 de Janeiro de 2012, essa região ativa produziu uma labareda classificada na maior das categorias das labaredas solares, ou seja, uma labareda da classe X. Para ser mais exato uma X2. Como essa região ativa estava em rotação no limbo do Sol, a erupção não foi lançada diretamente para a Terra. Mas os prótons energéticos acelerados pela explosão estão agora ao redor do nosso planeta e uma tempestade de radiação de classe S1 está em progresso. A tempestade de radiação de classe S1 é a mais baixa de todas numa classificação que vai de S1 até S5 e não tem nenhum impacto biológico, nenhuma operação de satélite será impactada mas alguns efeitos menores em rádios de alta frequência podem ser notados. O vídeo acima foi feito com imagens obtidas pela sonda SDO da NASA e mostra detalhes dessa erupção solar.
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