6 de novembro de 2012

Marte na Visão de um Robô


   A foto que você vê aí em cima foi tirada em um final de tarde em Marte. Por astronautas? Que nada. O autor da foto que mostra uma larga cratera marciana de 22 quilômetros é um pequeno veículo explorador da Agência Espacial Norte-americana (NASA), mais conhecido como Opportunity – Oportunidade, em português. Equipados com vários instrumentos modernos de exploração do meio ambiente e movidos à luz solar, Opportunity e Spirit (Espírito, em nosso idioma), seu veículo geológico gêmeo, foram enviados para o planeta vermelho para procurar algumas respostas sobre a existência de água em Marte. Cada um dos veículos ficou responsável por um lado de Marte. Vale ressaltar que a foto registrada acima foi tirada em cores falsas para enfatizar as diferenças entre os diversos materiais, como as dunas negras no fundo da cratera, por exemplo. E, no momento, Opportunity está em um "modo de espera", devido ao inverno marciano. Assim que o mau tempo passar, o veículo vai se direcionar para uma região conhecida como Cabo da Tribulação, onde procurará por minerais argilosos (filosilicatos, no jargão científico). Se esses minerais forem encontrados, os cientistas poderão compreender melhor o papel que a água teve no passado geológico de Marte.

Créditos: Hypescience

5 de novembro de 2012

Tempestade em Saturno Criou o Maior Vórtice já Visto no Sistema Solar


   Não se engane pela aparência calma da superfície de Saturno. O planeta acaba de produzir a maior e mais quente tempestade que se tem notícia nos planetas do Sistema Solar. Quando duas tempestades quentes na camada móvel de nuvens de Saturno se fundiram, elas criaram um turbilhão de formato oval. A tempestade não pode ser vista pelo olho humano, mas foi detectada com a ajuda de ondas infravermelhas. Outro dado que intrigou os cientistas foi um pico de temperatura que liberou toneladas de energia, como um enorme “arroto” planetário. A tempestade chegou a impressionantes 65 ºC, muito mais quente que a temperatura média do planeta, que é de -185 ºC. Estes fenômenos estão relacionados à Grande Tempestade de Primavera que castigou as regiões ao norte de Saturno entre 2010 e 2011. Esta tormenta foi a maior já detectada desde 1903 e foi tão grande que circundou o planeta, até encontrar sua própria cauda. A tempestade foi tida como acabada, mas desde maio do ano passado, os cientistas estiveram de olho em duas outras tempestades nas nuvens de Saturno usando a sonda Cassini da NASA e alguns telescópios na Terra. Normalmente, tempestades assim esfriam depois de um mês, mas acabaram se unindo e produzindo um ciclone gigantesco, que por um breve momento foi maior e mais brilhante até que a Grande Mancha Vermelha de Júpiter, uma tempestade centenária que castiga a superfície do gigante gasoso vizinho de Saturno e se espalha por uma área tão grande que poderia engolir a Terra inteira. Um terceiro dado torna a tempestade ainda mais peculiar: ela liberou uma grande quantidade de etileno, um gás incolor e inodoro tão raro no planeta que os cientistas esperavam que ele contivesse uma quantidade 100 vezes menor deste gás. Ninguém sabe de onde ele veio. Agora, os astrônomos esperam que a tempestade perca força até desaparecer em 2013, apesar de que os pesquisadores ainda se perguntam se há mais surpresas escondidas no planeta.

Créditos: Jornal Ciência

16 de junho de 2012

Planetas podem se formar em torno de estrelas diferentes



  Uma pesquisa da Universidade de Copenhagen, na Dinamarca, mostra que pequenos planetas, como a Terra, podem ser formados em torno de estrelas com teores de elementos bastante diferentes. A idéia contradiz uma teoria anterior de que os planetas geralmente se formam somente em torno de estrelas com alto teor de elementos pesados. Publicada na revista “Nature”, a pesquisa sugere que pode haver mais planetas semelhantes à Terra espalhados pelo universo. Isso porque entre a multidão de planetas já descobertos, é possível distinguir entre os gigantes gasosos como Júpiter e Saturno, e os menores planetas terrestres como a Terra e Marte. "Eu queria investigar se os planetas só se formam em torno de certos tipos de estrelas, e se existe uma correlação entre o tamanho dos planetas e o tipo de estrela-mãe que está em órbita", explica Lars Buchhave, astrofísico do Instituto Niels Bohr e da Universidade de Copenhagen, um dos autores do estudo. Buchhave desenvolveu um método para obter mais informações do espectro estelar. Ele e sua equipe analisaram a composição das estrelas de 226 exoplanetas para chegar a essa conclusão. "Até agora, nós constatamos que a maioria dos gigantes de gás estavam associados a estrelas com um elevado teor de elementos pesados. Para uma estrela ter um elevado teor de elementos pesados tem de ter passado por uma série de renascimentos.”, ele explica. Mas, segundo Buchhave, a maioria dos planetas são pequenos, ou seja, correspondentes aos planetas sólidos em nosso sistema solar ou tem até quatro vezes o raio da Terra. "O que nós descobrimos é que, ao contrário dos gigantes de gás, a ocorrência de planetas menores não é fortemente dependente de estrelas com um elevado teor de elementos pesados. Planetas que são até quatro vezes maiores do que a Terra podem se formar em torno de estrelas muito diferentes - também entre as que são mais pobres em elementos pesados.", disse Buchhave. Essas observações significam que planetas como a Terra poderiam ser difundidos ao longo de nossa galáxia.

Créditos: G1

M65 e M66


   Próximas e brilhantes, as galáxias espirais M65 (no topo) e a M66 se destacam de forma proeminente nessa bela imagem cósmica. As galáxias estão localizadas a 35 milhões de anos-luz de distância e têm por volta 100.000 anos-luz de diâmetro, algo em torno de metade do tamanho da Via Láctea. Enquanto que ambas exibem proeminentes linhas de poeira varrendo ao longo de seus largos braços espirais, a M66 em particular apresenta-se com belas e contrastantes tonalidades azuis e vermelhas, provenientes do brilho rosa do gás hidrogênio nas regiões de formação de estrelas e os jovens aglomerados estelares azuis. As galáxias M65 e M66 são responsáveis por dois terços da bem conhecida Trinca do Leão de galáxias com caudas de marés e pedaços dobrados que oferecem a evidência de que o grupo já passou por encontros bem próximos. A maior das galáxias, a M66 é o lar de quatro supernovas descobertas ali, desde 1973.


Créditos: APOD

17 de abril de 2012

O Universo Está Expandindo Como um Balão Gigante


   Todo mundo sabe que o universo está expandindo. É fato consumado que essa expansão está acelerando. Mas novas medidas de galáxias brilhantes e distantes feitas por cientistas da Universidade de Tóquio, no Japão, através de lentes gravitacionais, indicam que o universo está “crescendo” como um balão gigante. A primeira medida desse fenômeno, baseada em supernovas, foi feita na década de 1990, pelos pesquisadores laureados com o Prêmio Nobel de Física, em 2011. “Mas o método usado pelos laureados foi construído em cima de várias suposições, por isso se fazem necessárias checagens desses resultados, para dar mais robustez à conclusão”, explica Masamune Oguri, líder do grupo de pesquisa na Universidade de Tóquio. Segundo Oguri, a expansão cósmica acelerada é um dos problemas centrais da cosmologia moderna, e tais resultados também ajudarão na compreensão da energia escura, que, de acordo com os cientistas, é a principal responsável pela aceleração da expansão do universo. Mais informações precisas só serão informadas no periódico “Astronomical Journal”, onde os pesquisadores publicarão um artigo.

Créditos: Hypescience

A Nebulosa da Águia Fotografada do Kit Peak


   De longe a coisa toda se parece com uma águia. Já uma olhada mais detalhada na Nebulosa da Águia, mostra, a região brilhante que é na verdade uma janela no centro de uma concha maior e escura de poeira. Através dessa janela, aparece uma brilhante região onde um completo aglomerado aberto de estrelas está sendo formado. Nessa cavidade altos pilares e glóbulos arredondados de poeira escura e gás molecular frio permanecem onde as estrelas ainda estão se formando. Já visíveis na imagem acima estão algumas estrelas azuis brilhantes cujas luz e os ventos estão queimando material e empurrando de volta os filamentos remanescentes e as paredes de gás e poeira. A Nebulosa de Emissão da Águia, conhecida como M16, localiza-se a aproximadamente 6.500 anos-luz de distância se espalhando por 20 anos-luz e é visível com binóculos quando são apontados para a constelação da Serpent, a Serpente. Essa imagem combina emissões de três cores específicas e foi feita com o telescópio de 0.9 metros do Observatório de Kit Peak no Arizona, EUA.

Créditos: APOD

Pôr-do-Sol Ardente Sobre Cadiz, Espanha



   O fotógrafo que fez a imagem acima pode ser considerado uma pessoa de sorte realmente, pois consegue do quintal da sua casa acompanhar belas paisagens como o pôr-do-Sol mostrado acima. Sua casa fica em Cadiz na Espanha. Numa rara ocasião parece que as nuvens estão conspirando para colocar fogo nos céus. A passagem mais longa dos raios do Sol, quando o Astro Rei está perto ou abaixo do horizonte funciona como um dispersor das cores de comprimentos de onda mais curtos, como o azul e o violeta. Na ausência de nuvens ou de aerossóis suspensos na atmosfera, o pôr-do-Sol, ou o nascer do Sol não é tão marcante. Mas se um conjunto de nuvens intermediárias se posiciona na local certo para capturar o suspiro final do Sol, como foi nesse dia, o céu é pintado com tonalidades avermelhadas. A foto acima foi feita no dia 13 de Janeiro de 2012.


Créditos: EPOD

16 de abril de 2012

Seis Luas de Saturno


    Quantas luas tem o planeta Saturno? Até o momento 62 luas foram descobertas, sendo que a menor tem apenas uma fração de um quilômetro de diâmetro. Seis dos maiores satélites de Saturno podem ser vistos na imagem acima que é um belo retrato da família saturniana e que foi feito no dia 9 de Março de 2012 pelo brasileiro Rafael Defavari. Maior que a Lua da Terra e até mesmo um pouco maior que o planeta Mercúrio, Titã tem um diâmetro de 5.150 quilômetros e começa a fila de satélites no canto inferior esquerdo. Continuando para a direita através da imagem temo Mimas, Tétis, o próprio Saturno, Encélado, Dione e Réia, mais distante à direita.
    O primeiro satélite natural de Saturno descoberto foi Titã, que foi descoberto em 1655 pelo astrônomo Christiaan Huygens, enquanto que o satélite mais recente está sendo provisoriamente chamado de S/2009 S1 e foi descoberto pela equipe de imageamento da sonda Cassini em 2009. Lembram da oposição de Marte, aquela posição especial da órbita em que se tem uma visão mais clara do planeta por ele estar no lado oposto ao Sol, então hoje, quem está em oposição é o planeta Saturno. Se você tiver um telescópio e um céu limpo não deixe de apreciar uma bela visão desse maravilhoso objeto do Sistema Solar.

Créditos: APOD

15 de abril de 2012

A Cruz de Einstein e a Curvatura do Espaço-Tempo


   Quando se fala em miragem, quase sempre nos vem à mente aquelas paisagens do deserto ou das estradas, onde uma falsa imagem é criada pelo desvio da luz refletida na areia ou asfalto quente. No Universo essas miragens também acontecem, mas são provocadas por motivos bem diferentes. A imagem acima é um exemplo típico de um desses fenômenos, chamado de Cruz de Einstein. A cena, captada pelo telescópio espacial Hubble mostra uma distante galáxia envolta por quatro pontos centrais que parecem ser o seu núcleo. Parece, mas não é. O que se vê na imagem é na realidade a luz proveniente de um distante e poderoso objeto, que ao passar pelo intenso campo gravitacional da galáxia é dividida em quatro feixes, em um mecanismo conhecido como "lente gravitacional". Em 1915, Albert Einstein comprovou que a massa de um grande objeto pode criar uma curvatura no espaço-tempo ao seu redor, capaz até mesmo de curvar a trajetória de um raio de luz que passe pelas imediações. Dessa forma, um grupo de galáxias de grande massa também provoca uma forte curvatura no espaço-tempo, fazendo com que todos os raios luminosos que atravessem a região sejam curvados, formando uma verdadeira lente cósmica. Ao curvar a luz dos objetos, uma lente gravitacional permite enxergar outros elementos que estejam atrás das galáxias, criando uma ferramenta de grande utilidade no estudo do Universo. No caso da imagem mostrada, o objeto visualizado é um poderoso quasar escondido atrás do centro da galáxia, que não seria visível se não fosse a deformação do espaço-tempo criada pela colossal força da gravidade. Nem todas as imagens criadas pelas lentes gravitacionais são iguais e dependem da geometria dos elementos envolvidos na criação da lente. Se a lente é esférica, por exemplo, a imagem resultante se parecerá com um anel luminoso, chamado "anel de Einstein". Se for alongada a imagem irá parecer como a "Cruz de Einstein", dividida em quatro. Se a lente é formada por um aglomerado de galáxias teremos a formação de arcos ou "arclets" de luz, grosseiramente descritas como tendo a forma de uma banana. Atualmente, os cientistas já observaram mais de 500 lentes gravitacionais, mas para que sejam úteis precisam ser cuidadosamente estudadas para se conhecer exatamente como elas curvam os raios luminosos. Este estudo é altamente complexo e até o momento somente dez lentes desse tipo foram completamente compreendidas. A primeira vez que a curvatura do espaço-tempo foi observada na prática ocorreu durante o eclipse solar de 1919. Na ocasião, um grupo de astrônomos da Royal Astronomical Society de Londres veio até a cidade de Sobral, no Ceará, com o objetivo de medir o desvio da luz de uma estrela ao passar pela borda do disco solar. Segundo Einstein, a luz da estrela deveria ser desviada em 1,75 segundos de arco, duas vezes maior que o previsto pela teoria de Newton. No dia do eclipse, em 29 de maio, os cientistas fizeram sete boas imagens do fenômeno e em novembro do mesmo ano a Royal Astronomical Society anunciou que os resultados obtidos confirmavam o desvio da luz e a teoria de Albert Einstein.


                                                                                                                                 Créditos: Apolo 11

7 de abril de 2012

Galáxias Anãs Estão Desaparecendo


   Atualmente, 26 pequenas galáxias orbitam a Via Láctea. Pode parecer um grupo impressionante de leais seguidoras, mas os astrofísicos acreditam que nossa galáxia deveria ter um exército. Essa expectativa é construída sobre o modelo predominantemente aceito de como a matéria escura ajuda a formar galáxias. Embora a composição dela seja desconhecida, cientistas especulam que a matéria escura deva pesar cinco vezes mais que a matéria comum. Em simulações do início do universo, a força gravitacional de grupos frios de matéria escura teria levado os gases comuns do espaço a formar os primeiros componentes necessários para dar forma a uma galáxia. A teoria funciona bem em grande escala, reproduzindo o padrão das galáxias e dos vácuos observados através do cosmos. Em escalas menores, contudo, as simulações mostram que ao redor de cada grande galáxia em espiral, grupos de matéria escura deveriam modelar milhares de galáxias anãs. Porque a Via Láctea só tem 26? Uma explicação plausível para essa discrepância seria a matéria escura não ser fria nem pesada, mas um gás quente de partículas leves. Ou talvez a matéria escura nem exista. Se a força da gravidade mudasse, isso faria muito do que a matéria escura faz, mas sem demandar tantas galáxias anãs. Uma idéia menos radical seria que os aglomerados de matéria escura realmente existem, mas que não podem ser vistos. Porém, essa teoria é complicada de checar com simulações, como afirma o astrofísico James Binney, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, já que tais checagens dependeriam da densidade local do gás, por exemplo. “Existem estruturas que estão além da checagem por qualquer experimento ou simulação”, explica o britânico. Se a idéia estiver correta, tem uma implicação surpreendente: milhares de galáxias escuras estão em torno da Via Láctea; portanto, não são exatamente uma legião perdida, apenas invisível a nossos olhos.


Créditos: Hypescience

Nova Foto Astronômica Captura um Bilhão de Estrelas


   Um pedaço da Via Láctea que abriga mais de um bilhão de estrelas pode ser visto em uma única figura, que é resultado de um conjunto de imagens registradas por telescópios em ambos os hemisférios. Pela primeira vez, uma parcela tão ampla do espaço é capturada em detalhes. O trabalho coordenado por cientistas da Universidade de Edimburgo (Escócia) é um projeto desenvolvido há dez anos, que compilou registros de telescópios infravermelhos no Chile, no Havaí, no Reino Unido e na Europa continental. Juntas, as imagens fornecem um panorama da Via Láctea no qual é possível identificar grandes estruturas, tais como nuvens de gás e poeira, de onde as estrelas se originam e são extintas. Os astrônomos explicam que esta perspectiva mais abrangente de nossa galáxia será útil para estudos futuros do espaço.


Créditos: Hypescience

6 de abril de 2012

M46 e M47


   
Muitas estrelas se formam nos aglomerados. Aglomerados galácticos ou aglomerados abertos de estrelas são conjuntos relativamente novos de estrelas brilhantes que nascem juntas perto do plano da nossa galáxia, a Via Láctea. Separados por somente um grau no céu, dois belos exemplos desses aglomerados de estrelas são o M46, na parte superior esquerda a 5.400 anos-luz de distância e o M47 na parte inferior direita a somente 1.600 anos-luz de distância na constelação náutica de Puppis.
Com aproximadamente 300 milhões de anos de vida, o M46 contém algumas centenas de estrelas numa região de aproximadamente 30 anos-luz de diâmetro. Com a idade de 80 milhões de anos, o M47 é menor, mas um aglomerado mais solto com aproximadamente 50 estrelas que se espalham por 10 anos-luz. Mas esse retrato da juventude estelar contém um antigo interlocutor. A pequena e colorida região de gás brilhante no M46 é na verdade a nebulosa planetária NGC 2438, ou seja, a fase final na vida de uma estrela como o Sol com bilhões de anos de vida. A NGC 2438 está localizada a uma distância estimada de 3.000 anos-luz e provavelmente representa um objeto de primeiro plano, que por uma coincidência aparece na mesma linha de visada do jovem M46.

Créditos: APOD

Que Diferença um Dia Faz no Movimento da Lua


   No final do mês de Março de 2012 pudemos acompanhar o movimento da Lua nos céus passando pelos brilhantes planetas Vênus e Júpiter, aproximações e conjunções essas que chamaram muita atenção do público. Muita gente se perguntava, o que é aquele ponto brilhante ao lado da Lua, sim, é o planeta Vênus. Andrew Symes do Canadá registrou duas fotos da Lua com o intervalo de um dia, então as combinou em uma única imagem, mostrada acima, que mostra o movimento da Lua, com a posição da Lua na foto de 25 Março de 2012 mostrada abaixo e a direita, e a posição da Lua na foto do dia 26 de Março de 2012 acima e a esquerda. Essas imagens mostram a Lua em relação aos dois brilhantes planetas, Vênus acima e Júpiter abaixo. Muitas pessoas que viram o espetáculo nos céus ficaram surpresas de como a Lua se movimenta de uma noite para a outra. Mas isso é fácil de ver, pelo menos matematicamente falando, pois a Lua cobre 360˚ em 30 dias, o que dá 12˚ por dia. O que acontece é que normalmente não temos nada no céu tão evidente como os planetas Vênus e Júpiter para poder comparar o movimento do nosso satélite natural de forma tão óbvia.

Créditos: LPOD

Centaurus A


   Qual é a galáxia ativa mais próxima da Terra? Essa seria a Centaurus A, que está localizada a uma distância de 11 milhões de anos-luz da Terra. Se espalhando por mais de 60.000 mil anos-luz, essa peculiar galáxia elíptica é também conhecida como NGC 5128. Forjada numa colisão de duas outras galáxias normais, a fantástica mistura de jovens aglomerados de estrelas azuis da Centaurus A com as regiões rosadas de formação de estrelas e das fantásticas linhas escuras de poeira podem ser vistas em detalhe nessa impressionante imagem. O retrato colorido da galáxia que é reproduzido acima foi registrado sob o claro céu chileno no Observatório Inter-Americano de Cerro Tololo. Perto do centro da galáxia, detritos cósmicos estão sendo consumidos constantemente por um buraco negro central com uma massa equivalente a um bilhão de massas do Sol. Como em outras galáxias ativas, esse processo gera radiações em ondas de rádio, raios-X, e raios gamma e com a Centaurus A isso não é diferente.

Créditos: APOD

5 de abril de 2012

Halo Lunar, Órion e Grossglockner


   A foto acima mostra uma bela composição de paisagem celeste e terrestre. Na imagem é possível ver um belo halo de 22 graus ao redor de uma Lua Minguante, a constelação de Órion e a paisagem de meio de inverno no Vale Fusch na parte central oeste da Áustria. Na parte inferior central em segundo plano está o Grossglockner, a montanha mais alta da Áustria com 3.798 metros. Fusch an der Grosslocknerstrasse é a cidade localizada no final do vale. Halos lunares como esse se formam em nuvens do tipo cirros compostas de cristais de gelo hexagonais e aleatoriamente orientados. A luz da Lua passa através da face lateral desses cristais e é refratada com um ângulo de 22 graus e então sai por uma face também lateral só que oposta à que a luz entrou. Pode-se notar que a faixa mais interna do halo aparece avermelhada, isso acontece pelo fato da luz vermelha ser menos desviada do que as outras cores visíveis da luz.

Créditos: EPOD

Veios Minerais


   
As feições lineares brilhantes nas imagens aqui reproduzidas cortam o embasamento na região dessa cratera em Marte e parecem com veios mineralizados. Veios mineralizados são corpos minerais em forma de lençóis formados pela água que fluiu através das fraturas. A região mostrada nessa imagem é a parte central soerguida de uma grande cratera de impacto, com aproximadamente 50 km de diâmetro, onde o embasamento profundo, foi levantado cerca de 5 km e então fraturado. O calor proveniente do gelo derretido pelo impacto na crosta de Marte criou o sistema hidrotermal. Essa poderia ter sido no passado uma zona habitável do Planeta Vermelho.

Créditos: HiRISE

3 de abril de 2012

Lua e Vênus sobre Sierra de Guadarrama


   787 O que aparece logo acima da silhueta da cadeia de montanha vista na imagem acima? A Lua. Especificamente, a Lua da Terra foi registrada um pouco acima do horizonte na sua fase crescente bem jovem. A Lua que nos é familiar pode nessa foto parecer um pouco estranha, isso se deve ao fato da exposição dada na foto mostrar de forma significante o brilho da Terra, ou seja, a iluminação da parte noturna da Lua devido à luz do Sol refletida pela Terra. À direita e bem brilhante podemos ver também o planeta Vênus. Vênus e Júpiter passaram bem próximos um do outro durante o final do mês de Fevereiro e o mês de Março, numa bela conjunção planetária. Essa semana, mas especificamente no dia 26 de Março de 2012, eles receberam a companhia bem próxima também da jovem Lua crescente. A imagem acima, em particular foi feita em Madrid, na Espanha. A silhueta do horizonte em segundo plano inclui alguns dos Sete Picos da cadeia de montanhas Sierra de Guadarrama. Poucos minutos depois dessa foto ter sido feita, a Lua se pôs.

Créditos: APOD

31 de março de 2012

O Grand Cânion e a luz da Lua


   Nessa bela paisagem celeste noturna, registrada em 26 de Março de 2012, pode-se ver uma jovem Lua Crescente parada acima do distante horizonte oeste em conjunção com o brilhante planeta Vênus. Em primeiro plano, o Rio Colorado brilha à luz da Lua enquanto corta o Grand Cânion, visto desde o anel sul do cânion no chamado Ponto Lipan. O Grand Cânion é conhecido como uma das maravilhas naturais da Terra, escavado pelo Rio Colorado, a enorme fissura tem cerca de 440 quilômetros de comprimento, mais de 30 quilômetros de largura e chega a 1.6 quilômetros de profundidade. Além da Lua e de Vênus, na imagem acima é possível ver o compacto aglomerado das Plêiades, as estrelas do aglomerado das Híades, em forma de V, os dois localizados logo acima da Lua. O brilhante planeta Júpiter pode também ser visto na imagem abaixo do par Lua/Vênus, perto do horizonte oeste.

Créditos: APOD

Gigantesco Tornado Registrado no Sol, é 5 Vezes Maior que a Terra


   Esse enorme tornado acima, entrou em erupção na superfície do Sol e é grande o suficiente para engolir o planeta Terra. De fato, ele poderia engolir cinco Terras. Descoberto usando o satélite Solar Dymanic Observatory, SDO, da NASA, essa colossal massa em rotação é feita de gás super aquecido com temperatura variando entre 50.000 e 2 milhões de graus Celsius. Durante o período de três horas, esse tornado se ergueu da superfície do Sol a uma altura de 200.000 km, ou algo igual à metade da distância entre a Terra e a Lua. Os gases aquecidos foram ejetados a uma velocidade de 300.000 km/h. Só para se ter algo para comparar a velocidade do vento em tornado na Terra atinge 200 km/h. Os cientistas, anteriormente já haviam visto tornados solares menores com outros satélites de observação do Sol, mas esse, registrado em Setembro de 2011, acredita-se seja o primeiro a ter sido filmado. Desde então, os pesquisadores já observaram no mínimo mais um tornado solar, um tornado do tamanho da Terra. Esses tornados normalmente antecedem eventos conhecidos como ejeções de massa coronal, ou seja, grandes erupções de partículas carregadas que explodem da superfície do Sol com uma energia enorme. Acredita-se que essas flares solares estejam relacionadas com interações entre as linhas de campo magnético do Sol, que têm um movimento giratório e que também forma tornados solares.

Créditos: Cienctec

Noite em Paris


   Você consegue reconhecer a cidade luz, Paris, na imagem acima? Feita no dia 25 de Março de 2012, do alto dos 210 metros do mirante de Montparnasse, muito rapidamente identificarão a Torre Eiffel, ou a grande estrutura em forma de domo dos Les Invalides (à direita), ou a colorida linha elevada do metrô, gentilmente se curvando em direção ao centro da imagem. Você pode até mesmo identificar o Arc de Triumphe perto do horizonte à direita da imagem. Embora todas essas maravilhas arquitetônicas sejam exclusividade de quem vive na bela capital francesa, uma cena nessa imagem independe de onde você está no mundo, as luzes celestes perto do horizonte oeste podem parecer bem familiares para você. Como já foi dito aqui quase que diariamente ao longo dessa semana, apresentado em galeria e em fotos espalhadas pelas redes sociais o que estamos vendo acima de Paris é a amável conjunção tripla do brilhante planeta Vênus, na parte superior, Júpiter e a jovem Lua Crescente, conjunção essa que foi visível nos céus ao redor do planeta Terra durante essa semana. O interessante de se observar na foto acima, se comparada com qualquer foto da conjunção feita no Brasil, por exemplo, é a mudança na posição relativa dos astros devido as diferentes latitudes e longitudes de onde o fenômeno foi observado.

Créditos: APOD

25 de março de 2012

Visão em Perspectiva da Topografia de Mercúrio


   A imagem acima mostra uma visão em perspectiva de uma imensa planície vulcânica que se espalha pelas latitudes do hemisfério norte de Mercúrio e que foi colorida de modo a representar a altura topográficas das feições na superfície do planeta. As feições coloridas em roxo são as regiões mais baixas e as feições coloridas em branco representam as maiores alturas. A variação total de altura mostrada na imagem acima é de 10 km o que é menor do que a variação encontrada na Lua, 20 km e em Marte, 30 km.

Créditos: MESSENGER

Galáxia Espiral Barrada NGC 1300


   Grande e bonita, a galáxia espiral barrada, NGC 1300 localiza-se a aproximadamente 70 milhões de anos-luz de distância nos bancos da constelação de Eridanus. Essa visão composta feita pelo Telescópio Espacial Hubble dessa maravilhosa ilha do universo, é uma das maiores imagens já feitas pelo Hubble de uma galáxia completa. A NGC 1300 se espalha por mais de 100.000 anos-luz e a imagem do Hubble revela detalhes surpreendentes da barra central dominante da galáxia e de seus majestosos braços espirais. De fato, numa análise detalhada o núcleo dessa clássica espiral barrada por si só mostra uma destacada região de estrutura espiral com aproximadamente 3.000 anos-luz de diâmetro. Diferente de outras galáxias espirais, como por exemplo, a Via Láctea, a NGC 1300 não tem, pelo menos ao que se conhece até o momento um buraco negro massivo central.

Créditos: APOD

24 de março de 2012

Nebulosa Cygnus Loop


   Finos filamentos de poeira e gás quente brilham de forma intensa nessa imagem em ultravioleta da nebulosa Cygnus Loop, feita pelo Galaxy Evolution Explorer da NASA. A nebulosa localiza-se a aproximadamente 1.500 anos-luz de distância e é a parte remanescente de uma supernova deixada para trás depois da explosão de uma estrela massiva ocorrida entre 5.000 e 8.000 anos atrás. A Cygnus Loop tem um tamanho maior que três Luas Cheias no céu noturno, e está enfiada perto de uma das asas do cisne, na constelação de Cygnus. Os filamentos de gás e poeira visíveis aqui na luz ultravioleta foram aquecidos pelas ondas de choque geradas na supernova, e que ainda estão se espalhando pelo espaço desde sua explosão original. A supernova original que deu origem a essa nebulosa teria sido brilhante o suficiente para ter sido vista da Terra claramente a olho nu.

Créditos: NASA

Entenda o Fenômeno do Pilar Solar


   Reflexão, difração e refração dos raios luminosos quase sempre produzem belos e enigmáticos efeitos visuais, alguns deles até beirando o sobrenatural. Arco-íris e miragens são os mais conhecidos. No entanto, existem outros efeitos um pouco mais raros, como o Pilar Solar, uma verdadeira coluna de luz que emerge no horizonte. Quando dirigia seu carro pela cidade de Ontário, no Canadá, o fotógrafo Rick Stankiewicz se deparou com uma dessas colunas e imediatamente registrou o fenômeno, descrito por ele como "estranho e maravilhoso". Na cena, um poderoso feixe de luz vermelha parece brotar do horizonte e atinge as nuvens espalhadas quilômetros acima, lembrando raios lasers disparados contra o céu nos espetáculos ao ar livre. Batizado como Pilar Solar ou Pilar de Luz, o fenômeno é produzido por cristais de gelo que se formam na alta atmosfera. Ao caírem, têm sua face posterior aplainada pela resistência do ar, permitindo que a luz do Sol vinda de baixo seja refletida em direção ao solo. O resultado é a formação de uma gigantesca coluna de luz que pode medir entre 5 e 10 graus angulares, o equivalente entre 10 e 20 vezes o tamanho visual do disco solar. Os pilares podem surgir de cima para baixo do Sol ou ao contrário, dependendo de como a luz atinge a face aplainada do cristal. Além disso, a largura do pilar é determinada basicamente pelo ângulo da luz incidente e quanto mais inclinado estiver o cristal, mais largo parecerá o pilar. Algumas vezes, correntes de ventos deslocam os cristais e fazem o pilar se mover sobre o horizonte. Apesar de serem conhecidos por se formarem pela reflexão da luz solar, os pilares luminosos também podem ser criados artificialmente pela presença de intensas fontes luminosas terrestres. Quando cristais de gelo flutuam próximos a você, pilares, halos e outros efeitos luminosos podem ser vistos em torno de postes de iluminação a poucos metros de distância, criando um efeito ainda mais interessante!

Créditos: Apolo 11

Raio Verde Observado Perto de Esparta, Grécia


   A foto acima mostra um Sol pintado de rosa com uma mancha verde em seu topo como foi observado perto de Esparta, na Grécia no último verão. Nesse claro e calmo amanhecer, o fotógrafo se posicionou numa cadeia de montanha numa altura de aproximadamente 1.830 metros com uma visão desobstruída do horizonte leste e do nascer do Sol. O anel verde aqui é referido como um raio verde simulado. Se as condições estiverem perfeitas, a dispersão atmosférica pode produzir imagens separadas de cada cor do espectro o que resulta num raio verde da parte mais superior do Sol enquanto ele nasce. A miragem do raio verde é causado pela inversão térmica, ou seja, a presença de uma camada de ar quente sobre um ar mais frio. Para aumentar as suas chances de ver um raio verde, como esse, use um pequeno telescópio ou binóculos, mas proteja seus olhos quando olhar diretamente para o Sol.

Créditos: EPOD

Lua Nova nos Braços da Lua Velha


   Também conhecido como o brilho cinzento da Lua, o brilho da Terra é a luz da Terra que ilumina o lado noturno da Lua. Essa foto foi feita no dia 20 de Março, equinócio na Terra e para a cultura persa representa o ano novo, desde Esfahan no Irã, planeta Terra. A imagem telescópica acima registra o forte brilho da Terra numa Lua Crescente, também conhecida como Lua Velha. Nessa imagem pode-se ver que a parte do disco escuro da Lua que é iluminado pela Terra parece estar nos braços da parte da Lua Crescente brilhante. Se a Terra fosse vista da Lua nesse momento sua imagem seria realçada também. O brilho da Terra se deve à luz do Sol que é refletida no nosso planeta e sabe-se também que esse brilho é fortemente influenciado pela cobertura de nuvens presente no planeta Terra. Uma descrição histórica do brilho da Terra, em termos da luz do Sol que é refletida pelos oceanos da Terra e que ilumina a superfície escura da Lua foi escrita há 500 anos atrás por Leonardo da Vinci.

Créditos: APOD

22 de março de 2012

M95 com Supernova


   A galáxia espiral barrada M95, tem aproximadamente 75.000 anos-luz de diâmetro, ou seja, um tamanho comparável à Via Láctea e uma das maiores galáxias do Grupo de Galáxias Leo I. De fato ela é parte de um famoso trio de galáxias, chamado de Trio do Leão, com as vizinhas M96 e M105, localizadas a aproximadamente 38 milhões de anos-luz de distância. Nesse retrato nítido e colorido dessa ilha do universo, um brilhante e compacto anel de estrelas em formação circunda o núcleo da galáxia. Ao redor da proeminente e amarelada barra estão braços espirais traçados por linhas de poeira, jovens aglomerados estelares azuis e regiões rosadas de formação de estrelas. Como bônus, se você seguir o braço espiral que se abre para baixo e para a direita você poderá em breve ver a última supernova da M95, a SN 2012aw, descoberta em 16 de Março de 2012 e agora identificada como a explosão de uma estrela massiva.

Créditos: APOD

Descoberta uma Rara Galáxia Retangular


   Uma equipe internacional de astrônomos (Austrália, Alemanha, Suíça e Finlândia) descobriu uma rara galáxia retangular, muito semelhante, na forma de uma esmeralda lapidada. A estranha galáxia, batizada de LEDA 074886, foi detectada pelo telescópio japonês Subaru. Os astrônomos descobriram a galáxia anã quando estavam focalizando o telescópio Subaru em direção à galáxia gigante e brilhante NGC 1407. A extraordinária galáxia retangular, que em nada se parece com a nossa, situa-se a cerca de 70 milhões de anos-luz da Via Láctea e parece desafiar as leis da natureza. A cor azul do disco interno sugere uma idade média para esta população estelar. “No Universo a maioria das galáxias existem em uma de três formas: esférica, em forma de disco ou com uma forma absolutamente irregular”, explica Alister Graham da Universidade de Tecnologia de Swinburne, em Melbourne, na Austrália. A nova galáxia é integrante de um grupo de 250 galáxias e tem uma forma realmente invulgar. Esta descoberta permite que astrônomos obtenham informações úteis para a modelagem de outras galáxias. Uma possibilidade do formato desta galáxia pode ser devido à colisão de duas galáxias espirais. Enquanto as estrelas pré-existentes nas galáxias iniciais estavam espalhadas em grande órbitas criando a forma retangular, o gás se condensou para formar novas estrelas e o disco. As galáxias anãs, provavelmente as galáxias mais comuns no Universo, são pequenas e possuem brilho intrínseco baixo, ou seja, ínfima luminosidade. Encontrar esta estranha galáxia revelou-se complicado devido ao seu pequeno tamanho. Tem 50 vezes menos estrelas que a Via Láctea e a sua distância da Terra é igual a dimensão de 700 galáxias da Via Láctea enfileiradas. O artigo será publicado na revista especializada The Astrophysical Journal.

Créditos: National Astronomical Observatory of Japan

20 de março de 2012

Teia de Aranha de Estrela


   Parecendo uma teia de aranha enrolada em uma espiral, a galáxia IC 342 apresenta seu delicado padrão de poeira nessa imagem obtida pelo Telescópio Espacial Spitzer da NASA. Observada na luz infravermelha, o brilho apagado das estrelas dá lugar ao padrão brilhante da poeira que é encontrada através de toda a galáxia. Localizada a aproximadamente 10 milhões de anos-luz de distância, a IC 342, está relativamente próxima para os padrões galácticos, contudo a partir do nosso ponto de vista ela aparece diretamente atrás do disco da Via Láctea. A poeira localizada entre nós e a IC 342 torna difícil sua visualização na luz visível, mas a luz infravermelha consegue facilmente penetrar essa poeira e revelar a beleza dessa ilha no universo. A IC 342 pertence ao mesmo grupo da sua vizinha galáctica mais obscurecida ainda, a Maffei 2. A IC 342 aparece praticamente de frente para nós, nos dando a clara visão da estrutura de seu disco visto de cima. Ela tem uma brilho superficial baixo comparado com outras espirais, indicando uma densidade mais baixa de estrelas, vistas aqui como manchas difusas azuladas. Sua estrutura de poeira mostra-se mais claramente em vermelho. Os pontos azuis são as estrelas mais próximas de nós na nossa própria Via Láctea. Novas estrelas estão se formando no disco numa taxa elevada. O centro da galáxia é especialmente brilhante no infravermelho, destacando a enorme quantidade de explosões de formações de estrelas nessa pequena região. Em ambos os lados do centro, uma pequena barra de poeira e gás ajuda a gerar combustível para essa região central onde ocorrem as formações de estrelas. Os dados infravermelhos do Spitzer são mostrados em azul, comprimento de onda de 3.6 mícron, verde, 4.5 mícron e vermelho, 5.8 e 8.0 mícron.

Créditos: NASA

O VLT Vai à Caça do Leão


   O VLT capturou outro membro do grupo de galáxias Leo I, na constelação de Leão. A galáxia Messier 95 está de frente para nós, oferecendo uma visão ideal de sua estrutura espiral. Os braços espirais formam um círculo quase perfeito em torno do centro da galáxia antes de se espalharem, criando um efeito parecido com uma juba que qualquer leão teria orgulho. Talvez a característica mais marcante de Messier 95 seja seu brilhante núcleo dourado. Ele contém um anel de formação de estrelas, com quase 2.000 anos-luz de extensão, onde ocorre grande parte da formação de estrelas da galáxia. Este fenômeno ocorre principalmente em galáxias espirais barradas como Messier 95 e a nossa Via Láctea. No grupo de Leo I, Messier 95 é ofuscada pela sua irmã Messier 96. Messier 96 é de fato o membro mais brilhante do grupo, e como “líder do bando”, também dá ao grupo Leo I seu nome alternativo, Grupo M96. Ainda assim, Messier 95 também é uma imagem espetacular.

Créditos: ESO

19 de março de 2012

Uma Breve História da Lua


   Pode-se passar anos observando a Lua e dificilmente você verá alguma mudança no nosso satélite natural. Sem medo, podemos dizer que todas as crateras e todas as formações que vemos hoje na Lua sempre estiveram ali. Graças a sonda Lunar Reconnaissance Orbiter, ou LRO da NASA, é possível agora se conhecer a evolução do nosso satélite e a história escondida por ele, desde seu nascimento até a atualidade. A hipótese mais aceita da formação da Lua é que ela se originou como o resultado de um grande impacto, ou seja, um corpo celeste do tamanho de Marte, aproximadamente se colidiu com a jovem Terra, arrancando material dela e colocando esse material em sua órbita, material esse que se fundiu para formar a Lua. Acredita-se que esse tipo gigantesco de impacto era comum no início do Sistema Solar. A grande quantidade de energia liberada por esse grande impacto e a subsequente fusão do material na órbita da Terra pode ter derretido a camada superficial da Terra, formando um oceano de magma. A recém formada Lua pode também ter tido seu próprio oceano de magma lunar, estima-se que esse oceano tenha tido uma profundidade entre 500 km e todo o raio da Lua.

Créditos: Cienctec

NGC 2683: uma galáxia espiral de lado


   Essa elegante ilha do universo é catalogada como NGC 2683. Ela está localizada a 16 milhões de anos-luz de distância na direção da constelação do norte Lynx. Sendo uma galáxia espiral comparável com a nossa Via Láctea, a NGC 2683 é vista quase que de lado para os observadores da Terra. Uma mistura de luz vinda de uma grande população de estrelas velhas e amareladas forma o impressionante núcleo brilhante da galáxia. Ao longo de seus braços espirais é possível ver a silhueta das linhas de poeira graças à luz das estrelas, braços esses que são pontuados com os aglomerados estelares jovens e azuis da NGC 2683. A nítida imagem mostrada acima, foi registrada através das lentes de um telescópio refrator que mostra as estrelas pertencentes à Via Láctea e mais brilhantes em primeiro plano e como pontos coloridos e arredondados, sem os picos de difração característicos nas imagens obtidas por telescópios refletores com suportes internos. Em segundo plano é possível ver uma grande quantidade de galáxias mais distantes como fontes difusas e estendidas.

Créditos: APOD

17 de março de 2012

Os Vulcões Uranius e Ceraunius


   A imagem acima de Marte foi feita pela sonda Mars Express e mostra os vulcões Ceraunius Tholus (à esquerda) e Uranius Tholus (à direita). Ceraunius Tholus tem 130 km de diâmetro e 5.5 km de altura, enquanto que Uranius Tholus tem um diâmetro de 62 km e uma altura de 4.5 km. Tanto Ceraunius como Uranius Tholus estão localizados no Quadrante Tharsis em Marte. Essa região do planeta vermelha é uma das mais povoadas por atividades vulcânicas em Marte.

Viagem Estelar de uma Nebulosa Planetária em Forma de Borboleta


   A nebulosa planetária em forma de borboleta NGC 6881 é visível nessa imagem feita pelo Telescópio Espacial Hubble das agências espaciais NASA e ESA. Localizada na constelação de Cygnus, ela é formada por uma nebulosa mais interna com um diâmetro estimado de um quinto de ano-luz, e por “asas” simétricas que se estendem por aproximadamente um ano-luz de uma ponta a outra. A simetria se deve à presença de uma estrela binária em seu centro. A NGC 6881 tem uma estrela moribunda em seu centro que tem aproximadamente 60% da massa do Sol. Ela é um exemplo de uma nebulosa planetária quadrupolar, constituída por dois pares de lobos bipolares apontando em diferentes direções, consistindo de quatro pares de anéis planos. Existem também três anéis no seu centro. Uma nebulosa planetária é uma nuvem de gás ionizado que emite luz em várias cores. Esse tipo de objeto normalmente se forma quando uma estrela moribunda, uma estrela do tipo gigante vermelha, ejeta suas camadas externas, devido à sua pulsação e aos fortes ventos estelares. Um núcleo quente, luminoso e exposto da estrela começa a emitir radiação ultravioleta, excitando as camadas externas da estrela, que então se tornam uma nebulosa planetária recém-nascida. Em algum momento, a nebulosa se dissolve no espaço, deixando a estrela central como uma anã branca, ou seja, o estágio final de evolução das estrelas. O nome, “planetária”, vem do século 18, quando esse tipo de nebulosa foi descoberto pela primeira vez, e quando observadas através de pequenos telescópios elas se pareciam com o disco observado dos planetas gigantes. As nebulosas planetárias normalmente vivem por poucas dezenas de milhares de anos, ou seja, um curto período na vida de uma estrela. A imagem acima, foi adquirida através de três filtros que isolam o comprimento de onda específico da luz emitida pelo nitrogênio (mostrado em vermelho), pelo hidrogênio (mostrado em verde), e pelo oxigênio (mostrado em azul).

Espaçonave da NASA Detecta Pistas de Oxigênio na Lua Dione


   A espaçonave Cassini, da NASA, detectou pistas da existência de íons de oxigênio molecular ao redor da lua gelada Dione, de Saturno, pela primeira vez, confirmando a presença de uma atmosfera muito tênue. Os íons são um tanto esparsos – um para cada 11 centímetros cúbicos de espaço ou 90 mil por metro cúbico. Na superfície da Dione, sua atmosfera seria densa como a da Terra a 480 quilômetros da superfície. A atmosfera é conhecida como exosfera. “Nós sabemos que a Dione, assim como os anéis de Saturno e a lua Rhea, é uma fonte de moléculas de oxigênio”, comenta Robert Tokar, membro da equipe Cassini. “Isso mostra que o oxigênio molecular é na verdade comum no sistema de Saturno, e reforça de que isso pode acontecer em um processo que não envolve a vida”. O oxigênio da Dione parece vir de fótons solares ou partículas energéticas do espaço, que bombardeiam a superfície de gelo da lua, e liberam as moléculas. Mas os cientistas estão procurando por outros processos, incluindo os geológicos. “Os cientistas não tinham nem certeza de que a Dione era grande o suficiente para aguentar uma exosfera, mas essa nova pesquisa mostra que ela é ainda mais interessante do que se pensava”, comenta Amanda Hendrix, também da Cassini. Vários corpos sólidos do sistema solar – incluindo a Terra, Vênus, Marte e a maior lua de Saturno, a Titã – têm atmosferas. Mas elas tendem a serem muito mais densas do que a da Dione. Entretanto, os cientistas do Cassini detectaram uma fina exosfera ao redor da lua de Saturno, Rhea, em 2010, muito similar a da Dione. A densidade do oxigênio nas superfícies da Dione e da Rhea é cerca de cinco trilhões de vezes menor do que a da Terra. Tokar comenta que os cientistas suspeitavam da existência de oxigênio molecular na Dione porque o Hubble havia detectado ozônio. Mas isso não foi possível até a Cassini voar a cerca de 503 quilômetros da superfície da lua, com seu espectrômetro de plasma.

16 de março de 2012

Encélado, Lua de Saturno


   Abaixo de Encélado escuro, uma pluma de gelo de água é iluminada por trás nessa imagem de uma das mais espetaculares luas de Saturno. As plumas, tanto as grandes como as pequenas, espalham gelo de água a partir de muitos locais ao longo das chamadas listras de tigres de Encélado localizadas perto do pólo sul do satélite. As listras de tigres são fissuras que ejetam partículas congeladas, vapor d´água e compostos orgânicos. O terreno visto aqui está localizado no hemisfério frontal de Encélado, um satélite com 504 km de diâmetro. O norte está para cima na imagem. A imagem foi feita através da luz visível usando a câmera de ângulo restrito da sonda Cassini, em 20 de Fevereiro de 2012. A imagem acima foi adquirida a uma distância aproximada de 134.000 km de Encélado com o conjunto Sol-Encélado-Cassini em fase com ângulo de 165 graus. A escala da imagem é de 801 metros por pixel.

12 de março de 2012

Echus Chasma


   A imagem acima mostra uma visão em perspectiva da Echus Chasma em Marte e foi feita com a High Resolution Stereo Camera, ou HRSC que viaja a bordo da sonda Mars Express. Localizada na região de Lunae Planum e medindo 100 km de comprimento e 10 km de largura, a Echus Chasma é uma das maiores fontes de água em Marte. Acredita-se que o vale de 4.000 metros de profundidade seja a fonte da água que cavou o Kasei Valles um conjunto de canais de inundação com 1.780 km de comprimento esculpido no solo marciano.

Diferença Entre Astrônomo e Astronauta


    Muitas pessoas confundem astrônomo com astronauta, tanto o astronauta, quanto o astrônomo podem descrever diversos acontecimentos no espaço, as estrelas, os movimentos do universo, as constelação, o que significa e qual a importância de cada uma, mas a diferença entre os dois, é que o astrônomo nunca saiu da terra. Os astrônomos tinham várias teorias de como era o nosso planeta, mas foi só quando o cosmonauta (astronauta russo) Yuri Gagarin em 12 de Abril de 1961, a bordo da Vostok I, declarou a famosa e imortal frase “A terra é azul”, que os astrônomos puderam anotar com convicção em seus estudos este fato que até hoje é sabido de todos, mas que ainda muito poucos viram.
    Então, astrônomo é o profissional que possui vasto conhecimento sobre o universo, mas que nunca saiu da Terra. Já o astronauta também possui um grande conhecimento sobre o universo, mas diferente do astrônomo, o astronauta já saiu da Terra para se aventurar no Universo.
    Astronomia, que etimologicamente significava "lei das estrelas" (do grego: άστρο + νόμος), é hoje uma ciência que se abre num leque de categorias dentro da física, da matemática e da biologia que envolve as observações das mais diversas que procuram respostas aos fenômenos físicos que ocorrem dentro e fora da Terra bem como em sua atmosfera. Estuda as origens, evolução e propriedades físicas e químicas de todos os objetos que podem ser observados no céu (e estão além da Terra), bem como todos os processos que os envolvem. Observações astronômicas não são relevantes apenas para a astronomia, mas também fornecem informações essenciais para a verificação de teorias fundamentais da física, tais como a teoria da relatividade geral. Já a astronáutica pode ser definida como o ramo da engenharia que se ocupa com máquinas projetadas para operarem fora da atmosfera terrestre, sejam elas tripuladas ou não-tripuladas. Em outras palavras, é a ciência e a tecnologia do vôo espacial.

Fonte: Cosmos
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